Leilão garante cerca de R$ 860 milhões em aportes no Estado Marcelo G. Ribeiro – Jornal do Comércio – 16/12/2013 Quatorze projetos, entre eólicos e PCHs, saíram vitoriosos do certame realizado pela governo federal Quatro novas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e outros dez parques eólicos que serão construídos no Rio Grande do Sul significarão um aporte de aproximadamente R$ 860 milhões. Desse montante, R$ 300 milhões serão aplicados nos primeiros empreendimentos e cerca de R$ 560 milhões nas usinas movidas a vento. Esses projetos saíram vitoriosos do leilão de energia realizado pelo governo federal nessa sexta-feira. No certame, saem vencedores e, por consequência, do papel, os complexos que apresentarem os menores valores por sua geração. Além da fonte eólica e das PCHs, empreendimentos térmicos gaúchos a carvão e gás natural tinham se habilitado a participar da disputa, porém não foram exitosos. No que diz respeito aos parques eólicos vitoriosos, os complexos serão implementados em Santa Vitória do Palmar e somam uma capacidade instalada de 152 MW (cerca de 4% da demanda média de energia elétrica do Estado). A empresa responsável pelas estruturas é a Atlantic. As PCHs totalizaram 61,127 MW. Duas delas serão instaladas pela Cooperativa de Geração do Rio da Várzea (Coogerva), no rio da Várzea. Os complexos abrangerão os municípios de Morro Tiradentes, Liberato Salzano e Rodeio Bonito. Já a companhia Hidrelétrica Morro Grande fará a sua PCH no rio Ituim, em Muitos Capões, e a Hidrelétrica Jardim construirá no rio Turvo, em André da Rocha. O leilão envolveu empreendimentos de geração de diversas regiões do Brasil e natureza. Estavam representadas as fontes hidráulica, eólica, solar e termelétrica (carvão, biomassa ou gás natural em ciclo combinado). Os projetos que ganharam a concorrência terão que iniciar o suprimento de energia até 1 de maio de 2018. Venceram empreendimentos nos estados de Rio Grande do Sul, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo. Ao todo, cinco térmicas à biomassa (queima de matéria orgânica), 16 pequenas centrais hidrelétricas e 97 eólicas venderam energia no certame. O leilão resultou na contratação de 3.507 MW e serão investidos recursos de até R$ 12,8 bilhões na construção das usinas. O preço médio de venda foi R$ 109,93 por MWh. Os contratos por quantidade de energia para empreendimentos hidráulicos tiveram preço médio de R$ 95,4 por MWh. Para usinas térmicas por disponibilidade de energia, R$ 133,75 por MWh e para eólicas, R$ 119,03 por MWh. O preço inicial da energia da Usina Hidrelétrica São Manoel foi de R$ 107,00 por MWh e a venda ocorreu por R$ 83,49 MWh. O deságio médio do leilão foi de 8,67%. 16 de dezembro de 2013 – Segunda-Feira - # 1.215 [ 2/5 O destaque do evento novamente foi a energia eólica. Com a comercialização de 2,3 mil MW eólicos nesse último leilão, a fonte somou 4,71 mil MW contratados no ano. A presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Melo, ressalta que, com o volume total de energia eólica contratado em 2013, o setor contribuirá para a geração de mais de 70 mil empregos, R$ 21,2 bilhões em investimentos, 8,5 milhões de casas abastecidas e 4 milhões de toneladas de CO2 evitadas. “Esses números reforçam que, além da importância da fonte para a matriz elétrica nacional, a energia eólica impacta, de forma positiva, a sociedade brasileira como um todo”, avalia a dirigente. O presidente da Associação Brasileira de Fomento às Pequenas Centrais Hidroelétricas (Abrapch), Ivo Augusto de Abreu Pugnaloni, também comemora o resultado do leilão e admite que foi uma surpresa o bom desempenho das PCHs. No entanto, o dirigente revela que muitos empreendedores adotaram uma espécie de modelo “flex”. Ou seja, venderam parte da garantia física (montante, em MW médios, correspondente à quantidade máxima de energia relativa à usina que poderá ser utilizada) no ambiente regulado (Sistema Interligado Nacional) pelo leilão, mas reservaram algum volume para comercializar no mercado livre (formado por grandes consumidores). Pugnaloni espera que, para o próximo ano, os valores da geração possam ser majorados, e que sejam realizados leilões por fontes renováveis. Brasil tem a quarta tarifa de energia residencial mais barata A tarifa de energia residencial no Brasil, descontados os impostos, passou a ser a quarta mais barata entre 18 países, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia (Abradee). Após a medida provisória 579, que prorrogou as concessões de geração e transmissão de energia elétrica e reduziu os encargos setoriais, a tarifa média passou para US$ 14,9/kWh. Antes, o Brasil estava na 12ª posição no grupo dos países com energia mais cara, com a cobrança média de US$ 18,2/kWh. Estão na frente do Brasil os Estados Unidos, a França e a Finlândia. O percentual de cobrança de tributos e encargos na tarifa de energia no Brasil é de 28%, segundo a Abradee. “O Brasil tem alíquota significativa de encargos. Não é das maiores, mas também não é das menores”, avaliou o presidente da Abradee, Nelson Leite. Questionado sobre as previsões para o ano que vem, Leite afirmou que o período chuvoso atual é “muito mais favorável que o anterior”. A pesquisa leva em conta dados de 2012 de todos os países. No caso do Brasil, entretanto, também considera os dados após a revisão tarifária em 2013. Em relação à tarifa da indústria, o Brasil deixou de ser o quinto país, entre os 18 pesquisados, com o maior custo de tarifa industrial sem impostos, e passou a ser o oitavo país com menor custo de tarifa de energia elétrica industrial, descontados os impostos. Preços melhores do que os brasileiros foram observados nos Estados Unidos, Finlândia, Noruega, Suécia, França, Holanda e Dinamarca. Antes da revisão tarifária no Brasil, com a MP 579, o País cobrava uma média de US$ 13,9/kWh. Após a mudança, a média passou para US$ 11,3/kWh. Os Estados Unidos, que têm a energia mais barata entre os 18 países pesquisados: cobra US$ 6,5/kWh. O presidente da Abradee atribui essa diferença à política industrial dos norte-americanos e ao uso do shale gas (gás de xisto ou gás de folheto) naquele país. Rio Grande do Norte emplaca 25 projetos de energia eólica em leilão Tribuna do Norte – 14/12/2013 O Rio Grande do Norte foi o segundo maior vendedor de energia eólica no leilão A-5, realizado ontem pelo governo federal, com entrega de energia prevista para a partir de 2018. O estado teve 25 projetos eólicos contratados, representando um volume de 684,7 Megawatts (MW),e só ficou atrás da Bahia, com 41 projetos e 1.000,8MW. O desempenho do RN, considerado positivo por analistas, é registrado após participação nula do estado no leilão de energia realizado em novembro, em que não conseguiu emplacar nenhum projeto de energia eólica. “O resultado de hoje (ontem) recupera um pouco do resultado negativo do (leilão) A-3 de novembro e mantém o estado na liderança de MW eólicos contratados nos leilões desde 2009 até hoje”, diz o presidente do Sindicato das Empresas do Setor Energético do RN (SEERN) e do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne), Jean-Paul Prates. “Ainda somos o estado com mais MW vencedores em leilão, somando tudo”, acrescenta ele. A melhora de desempenho do estado neste leilão está relacionada às linhas de transmissão de energia. Os leilões exigem que os parques eólicos tenham garantia de conexão, mas as linhas do estado – que são de responsabilidade da Chesf - estão em implantação e atrasadas. Como os parques que participaram do leilão de novembro terão de [ 3/5 entregar energia daqui a três anos, o RN ficou prejudicado na disputa. “Neste leilão A-5 (realizado ontem) como há mais tempo para implantar o parque eólico (5 anos ao invés de 3), é certo que o problema das linhas de transmissão estará equacionado. Assim, as empresas puderam participar mais tranquilamente quanto a isso”, disse Prates, que é também ex-secretário de energia do estado. Recorde A Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) disse ontem que 2013 foi um ano histórico no volume de contratação de energia eólica no Brasil. Só no leilão de ontem foram contratados 2,3GW de energia eólica, ao preço médio de R$ 109,93. Com esse número, a fonte contabiliza 4,7GW contratados nos três leilões realizados ao longo do ano, “um recorde de desempenho celebrado pelo setor”, segundo a ABEEólica. Para o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, o sucesso do leilão de ontem pode ser fundamentado em diferentes aspectos. É o caso, por exemplo, da contratação apenas de fontes renováveis, assim como a diversificação de fontes, com a contratação de projetos hídricos, de biomassa e eólico. Tolmasquim ainda destacou a volta das pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) ao certame. Também havia projetos de energia solar na disputa, mas nenhum foi contratado. “Essa ainda é uma fonte que não está preparada para competir de igual para igual com as demais”, disse Jean-Paul Prates. A EÓLICA nos estados Projetos e energia contratada em leilões, por Estado (Leilão A-5 (realizado ontem): BA: 41 projetos eólicos (1.000,8MW) RN: 25 projetos eólicos (684,7MW) CE: 10 projetos eólicos (212,6MW) PI: 7 projetos eólicos (168MW) RS: 10 projetos eólicos (152MW) PE: 4 projetos eólicos (120MW) *Ranking de contratação de energia eólica nos leilões federais, por Estado (2009-2013) - MW RN 3318,3 BA 3245,2 RS 1723,8 CE 1762,9 MA 903,6 PE 509,7 PI 259,2 SE 30 *Não considera Proinfa (antes de 2003). Fonte: Cerne ABEEólica comemora recorde de contratação de energia eólica Ivonete Dainese – Portal Último Instante – 13/12/2013 Com a venda de 2,3 GW no leilão A-5, fonte soma 4,71 GW contratados no ano A Associação Brasileira de Energia Eólica – ABEEólica - comemorou o desempenho da fonte de energia limpa em 2013 no Brasil como um "ano histórico" no volume de contratação. A ABEEólica confirmou as boas perspectivas para o último leilão (A-5), no qual foram contratados 2,3 GW de energia eólica, ao preço médio de R$ 109,93. Com esse número, a fonte contabiliza 4,7 GW contratados nos três leilões realizados ao longo do ano, um recorde de desempenho celebrado pelo setor. “Para nós, investidores da indústria, a energia eólica encerra o ano de forma exitosa e competente, com a transposição de desafios impactantes para o setor, como as mudanças regras de conteúdo nacional no FINAME, na metodologia dos leilões, além da obrigatoriedade do P90 e a situação das linhas de transmissão. A fonte demonstrou competência e competitividade e reforçou sua posição estratégica na composição da matriz elétrica nacional”, destaca a presidente executiva da ABEEólica, Elbia Melo. Com o volume total de energia eólica contratado em 2013, a energia eólica contribuirá para a geração de mais de 70 mil empregos, R$ 21,2 bilhões em investimentos, 8.5 milhões casas abastecidas e 4 milhões de toneladas de CO2 evitadas. “Esses números reforçam que, além da importância da fonte para a matriz elétrica nacional, a [ 4/5 energia eólica impacta, de forma positiva, a sociedade brasileira como um todo”, avalia Elbia. O primeiro sinal positivo da indústria eólica ocorreu em agosto de 2013, com a contratação de 1,5 GW no LER 2013, ao preço médio de R$ 110,51. Na semana seguinte à realização do leilão, a indústria recebeu a notícia da inclusão da fonte eólica no leilão A-5, o que representou um sinal de “reversão” de expectativas, tornando o cenário muito favorável para energia eólica ao longo do ano. O segundo leilão que contou com a participação da fonte foi o A-3, realizado em 18 de novembro de 2013. Embora não tenha sido um leilão exclusivo para a eólica, o certame contratou, exclusivamente, energia eólica para atender a demanda, com 867.6 MW contratados, ao preço médio de R$ 124,43. “Os resultados desses dois leilões, em termos de demanda e preço, marcam efetivamente a consolidação dessa fonte na matriz elétrica nacional e proporcionou sinal positivo para a indústria que atua no País”, observa Elbia Melo. No último leilão de energia do ano, A-5, a energia eólica apresentou 97 projetos contratados, a região Nordeste foi a que mais vendeu, com 87 projetos no total, representando um volume de 2.185,8 MW. Destaque para a Bahia, com 1GW e para o Rio Grande do Norte, com 684,7 MW. “Encerramos o ano com muitos motivos para comemorar. A energia eólica iniciou sua história no Brasil recentemente e, dentro de pouco tempo, conquistou seu espaço relevante na matriz elétrica nacional. Em 2014, o País colocará mais de 4GW em operação. Esse montante gerado será suficiente para abastecer 8.5 milhões de residências e contribuirá de forma efetiva para melhorar os índices de armazenamento dos reservatórios e para a segurança energética nacional”. Leilão de geração de energia termina com deságio de 8,67% Portal Terra – 13/12/2013 O 18º leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para contratar energia elétrica proveniente de novos empreendimentos de geração de fontes hidráulica, eólica, solar e termelétrica (a biomassa, o carvão ou gás natural em ciclo combinado) terminou com deságio médio de 8,67%. Ao todo, 119 empresas arremataram empreendimentos e ofereceram deságio médio de 8,67%, o que significa economia de R$ 3,34 bilhões. A energia eólica teve o maior número de vencedores (97), seguida pelas pequenas centrais hidrelétricas (16) e a biomassa (5). O principal empreendimento da concorrência, a Hidrelétrica São Manoel, foi arrrematada pela Terra Nova, que ofereceu o preço de R$ 83,49 por megawatt-hora, deságio de 21,97% em relação ao preço inicial proposto de R$ 107 por megawatt-hora. A usina deverá ser construída no Rio Teles Pires, em Mato Grosso, e terá potência de 700 megawatts. Haviam sido habilitados para o leilão 687 projetos, dos quais 539 são empreendimentos eólicos, 88 solares fotovoltaicos, sete solares heliotérmicos, 32 pequenas centrais hidroelétricas, dois hidrelétricos, 14 termelétricos a biomassa, quatro termelétricos a carvão e um termelétrico a gás natural. O leilão contratou energia de usinas que somam 3.507 megawatts (MW) de potência instalada, com destaque para as eólicas, que venderam energia de 2.338 MW de 97 parques. O consórcio Terra Nova, é formado por EDP Energias de Portugal e Furnas, da Eletrobras, venceu a concessão da usina São Manoel. EDP tem 67% no consórcio vencedor e Furnas tem 33%, segundo informações divulgadas no leilão. "Cinco consórcios fizeram ofertas (pela usina)", disse o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim. O presidente da Comissão Especial de Licitação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Ivo Nazareno, disse que o consórcio venceu o leilão apresentando lance decisivo para arrematar o empreendimento na primeira rodada. Tolmasquim acrescentou ainda que em 2013 a contratação de projetos de energia eólica no Brasil foi recorde para um ano, somando 4,7 GW, considerando todos os leilões realizados. O preço médio de toda a energia vendida no leilão foi de R$ 109,93 por MWh, sendo que foi contratado um volume total de energia de 325.582.714,900 MWh. O leilão movimentou R$ 35,8 bilhões em contratos de energia. Os investimentos previstos nas usinas viabilizadas no leilão somam R$ 12,8 bilhões, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Diversificação Além de São Manoel, 16 outros projetos hidrelétricos menores venderam energia no leilão, 97 eólicas, 4 térmicas a biomassa e 1 térmica a cavaco de madeira. "O leilão contratou só fontes renováveis, isso é um fato interessante, além da diversificação de fontes renováveis", disse Tolmasquim. As PCHs venderam energia ao preço médio de R$ 137,35 por MWh, ante preço máximo para a fonte de R$ 144 por MWh. O preço-médio da energia eólica no leilão [ 5/5 foi de R$ 119,03 por MWh, deságio de 2,43% em relação ao preço-teto de R$ 122 por MWh. A energia a biomassa de cana vendeu energia ao preço médio de R$ 133,38 por MWh e a térmica a cavaco de madeira vendeu a R$ 135,49 por MWh. O preço máximo para essas fontes também era de R$ 144 por MWh. O leilão A-5 contratou energia que precisa ser entregue a partir de 2018 ao mercado atendido pelas distribuidoras. Furnas, EDP, Casa dos Ventos e Renova são os grandes vendedores do leilão A-5 Alexandre Canazio – Agência CanalEnergia – 13/12/2013 Estatal e empresa portuguesa levaram São Manoel e viabilizaram eólicas Em um leilão marcado pela diversidade de fontes renováveis contratadas, o número de vendedores não fugiu a esse desenho e também foi diversificado. O grande destaque do leilão, lógico, é a comercialização da energia da hidrelétrica de São Manoel (MT-700 MW), viabilizada pelo consórcio Terra Nova, formado por Furnas (33,33%) e EDP do Brasil (66,66%), que investirá R$ 2,7 bilhões. A estatal, do grupo Eletrobras, pode ser considera a maior vendedora do leilão, já que também, junto com sócios, comercializou 21 parques eólicos com 570 MW no Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia. Juntos, a hidrelétrica e as eólicas, vão demandar investimentos de R$ 4,9 bilhões. Um dos parceiros de Furnas foi a Casa dos Ventos no complexo Casa dos Ventos I, em Itaguaçu da Bahia, como 280 MW. Formado por 10 parques o empreendimento terá investimentos de R$ 960 milhões, segundo informou a Casa dos Ventos à Agência CanalEnergia. A Casa dos Ventos vendeu ao todo 508 MW de capacidade instalada. Além dos parques em parceria com Furnas, a empresa viabilizou parques no Piauí e Pernambuco, que somam 228 MW, com investimentos previstos de R$ 780 milhões. O complexo Santo Augusto, em Simões no Piaui, tem 108 MW, e é uma expansão dos projetos vendidos nos leilões de reserva e A-3, deste ano. O complexo Santo Estevão, com quatro parques em Pernambuco, tem 120 MW. Furnas vendeu ainda os complexos Arara Azul, com cinco parques no Rio Grande do Norte, e os Serra do Mel e Santa Rosa, no Ceará, com três parques, cada. Nesses casos, a estatal não informou os parceiros. A EDP Renováveis vendeu quatro parques eólicos totalizando 116 MW, Aroeira, Jericó, Umbuzeiros e Aventura I, no Rio Grande do Norte. A Renova vendeu 17 parques eólicos, somando 355,5 MW, na Bahia. Os projetos foram comprados da Moinhos de Vento Energia. Os parques Umburanas estão localizados a 600 quilômetros dos outros parques da empresa no estado. A CPFL Renováveis negociou dois parques eólicos no Ceará, com 51,3 MW de capacidade instalada. A Chesf viabilizou 127,3 MW de capacidade instalada, sendo 51,3 MW em parceria com a Brennand e 24 MW com a Sequoia. Outros vendedores eólicos de destaque foram Atlantic, com 152 MW no Rio Grande do Sul e Voltalia, com 120 MW no Rio Grande do Norte. Nas outras fontes, a Energisa comercializou três das cinco usinas a biomassa do certame. A empresa foi responsável por 70% dos 84,2 MW médios comercializados. As usinas Santa Cândida II, em São Paulo, Vista Alegre I e II, em Mato Grosso do Sul, tem 115 MW de capacidade instalada. A Alupar comercializou 6 MW médios da PCH Água Limpa (MG-23 MW). Da garantia física total de 11,9 MW médios, 5,9 MWmed serão vendidos no mercado livre. A empresa fará investimentos de R$ 125 milhões. A Ômega Energia viabilizou a PCH Serra das Agulhas (MG-28 MW) e dois parques eólicos, com 60 MW, no Piauí.
REDE BAHIA | IBAHIA
Atlas Eólico da Bahia foi lançado na cerimônia de abertura do 5º Fórum Nacional Eólico – Carta dos Ventos.
O Atlas foi lançado na cerimônia de abertura do 5º Fórum Nacional Eólico – Carta dos Ventos, com a presença do governador Jaques Wagner. A publicação tem 62 mapas que ilustram os diferentes parâmetros da distribuição dos ventos e de outras variáveis climáticas sobre o território baiano, assim como aspectos gerais sobre a infraestrutura e legislação ambiental. A distribuição será nos formatos livro (96 páginas, 46x33cm) e mapa de parede (70x100cm).
“Nos últimos anos, a Bahia se apresenta como o segundo maior estado brasileiro com potencial eólico, podendo ir até para o primeiro por causa da qualidade dos ventos e o mapa mostra bem esse potencial baiano. A energia eólica representa desenvolvimento econômico para o estado, é uma opção de energia limpa”, disse o governador. Já foram implantados sete empreendimentos eólicos na Bahia, nos municípios de Brotas de Macaúbas, Caetité, Pindaí e Igaporã, totalizando R$ 2,1 bilhões, de acordo com a Secretaria de Comunicação do Estado (Secom).
CANAL ENERGIA
Odebrecht Energia recebe LI para parques eólicos no RS
Complexo Corredor do Senandes terá capacidade instalada total de 180,9 MW, sendo que a primeira etapa de 108 MW entrará em operação no fim de 2013
Da Agência CanalEnergia, Meio Ambiente 25/10/2012 - 13:09h
O Nordeste terá um aumento do porcentual da energia gerada por usinas
termelétricas dos atuais 25% para até 40% a partir de segunda-feira (29).
A medida, de acordo com o presidente da Companhia Hidrelétrica do São
Francisco (CHESF), João Bosco de Almeida, não tem relação com o apagão
que deixou toda a região às escuras na madrugada da sexta-feira (26).
Segundo ele, a medida se deve à forte estiagem que fez o reservatório de
Sobradinho, na Bahia, chegar a 24% do seu volume. Para não correr risco,
o sistema passa a operar com o fornecimento de outras fontes - a exemplo
das térmicas e eólicas. Há dois meses, as térmicas geram 20% da energia
fornecida ao Nordeste. Para Almeida, a decisão é de rotina, para evitar o
que ocorreu em 2001.
Naquele ano, Sobradinho tinha maior volume d'água que hoje - 41% - mas
houve um apagão, com necessidade de racionamento, diante da limitação
do parque gerador, extremamente dependente das hidrelétricas e, por
conseguinte, das chuvas. Depois da crise de 2001, várias térmicas, eólicas
e pequenas centrais hidrelétricas passaram a funcionar e a integrar o
sistema de geração de energia brasileiro.
Fernando de Noronha será exemplo em energia
renovável
Portal Terra – 25/10/2012
Projeto irá implantar usinas solares e eólicas para abastecer 100% da ilha
O arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco, um dos cartões
postais do Brasil, pode entrar para a história do país como o primeiro
grande conjunto de ilhas totalmente abastecido por energia solar e eólica.
29 de outubro de 2012 – Segunda-Feira – N# 953
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O projeto pioneiro, ainda embrionário, está sendo desenvolvido pela usina hidrelétrica Itaipu Binacional e
ganhou elogios durante a Conferência das Nações Unidas Sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio + 20,
realizada em junho, no Rio de Janeiro.
Técnicos da Itaipu Binacional desenvolveram durante anos, em conjunto com empresas europeias e centros
de pesquisa, um sistema de bateria, a base de cloreto de sódio, que possui eficiência superior às baterias
comuns sem provocar danos ao meio ambiente. Esse tipo de bateria consegue armazenar energia solar e
eólica durante o dia sem que ocorra nenhuma perda.
"Optamos por um sistema de armazenamento de energia que está entre os mais avançados do mundo. O
importante é explicar que toda a energia captada de forma aleatória (pelo sol, pelo sistema de marés ou
mesmo de tratamento de resíduos sólidos) será guardada durante o dia e usada quando preciso. A gente
poderia imitar outros projetos e colocar uma série de painéis de captação espalhadas pelas ilhas, mas além
de custar mais caro, essa energia iria se perder ao longo do dia", explica Celso Novaes, engenheiro da Itaipu
Binacional e um dos responsáveis pelo projeto, orçado em R$ 17 milhões e que tem apoio da Financiadora de
Estudos e Projetos (FINEP), órgão ligado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Ainda não há estimativa de quando o projeto será aplicado de forma total, mas quando chegar a 100% os 3,5
mil habitantes do arquipélago terão à disposição uma energia pura e renovável, aposentando para sempre a
energia gerada por meio do óleo diesel, muito mais nocivo à atmosfera. Por enquanto, o projeto inicial prevê
a instalação de uma planta piloto de 4,3 megawatts (MW), o dobro das necessidades atuais da ilha.
Novaes explica que projetos similares, usando modernos sistemas de armazenamento, também estão sendo
aplicados em grandes cidades da Europa e dos Estados Unidos. "É um caminho sem volta. Hoje chegamos a
outro patamar. Mais importante do que assegurar a geração de energia de forma limpa e sustentável é cuidar
dessa energia para que ela seja usada de forma correta e inteligente", afirma Novaes.
17/10/2012
energia eólica Clipping Câmara Brasil – Alemanha promove conferência gratuita sobre energia renovável e eficiência energética
Evento dirigido, que ocorre no dia 24 de outubro na capital paulista, já tem inscrições abertas. As principais tendências, as perspectivas e os mais recentes desenvolvimentos tecnológicos do mercado brasileiro de energias limpas e eficiência energética serão pauta de discussão na primeira edição da conferência “Das Renováveis à Eficiência Energética”, que ocorre no próximo dia 24, em São Paulo (SP), com início às 8h30. O evento é gratuito e já conta com inscrições abertas. Voltado a empresários, gestores públicos, executivos ligados às áreas de sustentabilidade e energia, e estudantes, o evento reunirá especialistas brasileiros e alemães, que apresentarão suas visões sobre o tema. A realização é da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha de São Paulo (AHK-Brasil), em parceria com a Agência de Cooperação Alemã (GIZ), com patrocínio da Allianz Brasil. Segundo a coordenadora do departamento de Meio Ambiente, Energias Renováveis e Eficiência Energética, Danielly Andrade, a proposta do evento é aprofundar o intercâmbio de informações entre entidades e empresas brasileiras e alemãs no campo das energias limpas. “Durante a Rio+20, a Câmara Brasil-Alemanha lançou a publicação digital intitulada ‘Das Renováveis à Eficiência Energética’, que pode ser considerada uma das principais compilações já realizadas sobre este setor no Brasil. A publicação foi um grande sucesso e decidimos então aprofundar a discussão esboçada em suas páginas com um evento maior voltado a toda a indústria de energia renovável e eficiência energética”, pontua a coordenadora. A conferência homônima da publicação reunirá autores e parceiros que contribuíram com artigos publicados no estudo. São especialistas e representantes de empresas, de ONGs, do setor público e de agências ligadas ao setor de energia. Para o diretor do departamento de Meio Ambiente, Energias Renováveis e Eficiência Energética da AHK, Ricardo Rose, o momento por que passa o setor energético brasileiro é decisivo para determinar quão sustentável será seu desenvolvimento. “Nos próximos anos, registraremos um ‘boom’ no crescimento das demandas de energia no Brasil. Definir políticas ambientais e aprimorar as soluções a partir de fontes renováveis, como energia eólica, solar e bioenergia, são metas aliadas para aumentar a produtividade das empresas do setor e poupar recursos naturais.”
17 de outubro de 2012 –Quarta-Feira – N# 945 Página 2 / 4
Segundo o relatório World Energy Outlook, divulgado pela Agência Internacional de Energia (AIE), a demanda por energia no Brasil crescerá 78% entre 2009 e 2035 e, nessa categoria, o País se encontrará atrás apenas da Índia. De acordo com Rose, a forte expansão na demanda de energia é reflexo do crescimento da economia do País, da elevação na taxa de investimentos em produção industrial, do aumento da renda das famílias e da sua consequente mudança no padrão de consumo. “Uma alternativa para sustentar essa expansão é olhar para exemplos conquistados por outros mercados no setor de energia, no qual a Alemanha se encontra atualmente na vanguarda. Nesse sentido, a Câmara Brasil-Alemanha exerce o fundamental papel de promover transferência de tecnologia e know-how entre os países.” A conferência acontecerá no Tryp São Paulo Nações Unidas Nações Unidas, localizado na Rua Fernandes Moreira, 1.264 – Chácara Santo Antônio. As inscrições podem ser feitas por meio do site da Câmara Brasil- Alemanha. Alemanha vanguardista - Em 1998, a Alemanha implantou um programa de substituição de fontes energéticas não renováveis e energia nuclear por fontes limpas, como energia eólica, fotovoltaica, térmica, de biomassa e biogás, geotérmica, além de outras formas em fase inicial de desenvolvimento, como a energia das marés. Simultaneamente, o governo alemão iniciou também um programa de pesquisa e uso de biocombustíveis, com foco no biodiesel e no etanol. As determinações levaram o país a se tornar o primeiro do mundo a introduzir uma política energética baseada na substituição das energias não renováveis e da energia nuclear, que tem prazo de desativação até 2021. A energia fotovoltaica é uma das principais apostas da Alemanha no ramo das renováveis. Em 2000, logo após a determinação alemã de substituir as fontes não renováveis, a capacidade instalada no país para a energia solar era de 76 MW. Em 2011, chegou a 4.401 MW. Para efeito de comparação, a capacidade instalada para hidrelétricas subiu de 3.538 MW para 4.401 MW no mesmo período. Capa Publicação digital “Das Renováveis à Eficiência Energética” - Em 152 páginas, a análise contextualiza o mercado brasileiro de energia com dados e fatos sobre o País e variáveis que interferem no desenvolvimento nacional de energias renováveis e eficiência energética, como consumo de energia, medidas de incentivo, estrutura do setor e o papel das organizações ligadas ao segmento. Apresenta também um panorama sobre a situação e o potencial do Brasil nas categorias de energia eólica, solar e bioenergia, a relação de cooperação entre o País e a Alemanha no setor e 11 artigos técnicos assinados por especialistas de associações e empresas com know-how em sustentabilidade, meio ambiente e energia. A Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK) é uma entidade que desenvolve um papel essencial no fomento das relações econômicas entre os dois países. Filiada à Confederação Alemã das Câmaras de Comércio e Indústria (DIHK), a Câmara Brasil-Alemanha atua como base para o fortalecimento e a diversificação dos negócios de seus associados, na atração de investimentos para o Brasil, na ampliação do comércio bilateral e na cooperação entre os países do Mercosul e da União Europeia. No Brasil há 95 anos, a Câmara Brasil-Alemanha congrega 1.700 associados, entre empresas de capital ou know-how alemão instaladas no Brasil e companhias brasileiras e alemãs voltadas ao comércio exterior, e conta com 220 funcionários atuando em 14 cidades brasileiras. Por meio da Câmara Brasil-Alemanha, os associados se beneficiam de uma rede de mais de 114 câmaras espalhadas em 81 países, além de 83 entidades do gênero na Alemanha. Em 2011, a Câmara Brasil-Alemanha trouxe para o Brasil 83 delegações empresariais e contou com a participação de 15 mil executivos em congressos, seminários e reuniões ao longo do ano. Página 3 / 4 GDF Suez se diz “confiante” em setor de energia brasileiro Fabíola Binas – Jornal da Energia – 16/10/2012 Companhia mira expansão em hidreletricidade, eólica e até biomassa O presidente mundial da GDF Suez Em visita ao Brasil, o presidente mundial da GDF Suez, Gerard Mestrallet falou sobre os planos que a empresa tem para expandir os negócios por aqui, mesmo diante do novo cenário que se desenha no setor elétrico. “Há uma série de projetos interessantes que nós podemos ser parceiros, contribuindo com nosso em expertize”, comentou na tarde desta terça-feira (16/10). De olho na ampliação dos negócios focados especialmente em hidreletricidade, o executivo da companhia francesa citou ainda os segmentos de energia eólica e biomassa como sendo vetores para oportunidades locais ao citar ainda o perfil dos contratos de longo prazo como um fator importante para garantir as receitas. Além disso, o executivo ressaltou a perspectiva de estabilidade como um fator positivo, mesmo diante do novo quadro regulamentar. “Estamos confiantes sobre o futuro do setor no Brasil”, disse. Para se ter uma ideia, no início deste mês, a GDF, por meio sua controlada local, a Tractebel Energia, comunicou a elevação de sua participação na usina de Jirau, de cerca de 50% para um total de 60%, ao comprar uma fatia que pertencia à Camargo Corrêa. Recentemente, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a inclusão da, GDF Suez, junto com outras empresas do setor, no grupo responsável pela elaboração dos estudos de viabilidade das usinas hidrelétricas de São Luiz do Tapajós . A controlada indireta da GDF, a Tractebel estreou ainda no País a viabilização de parques eólicos para a venda de da produção no mercado livre. A empresa conseguiu, inclusive, a aprovação de um financiamento de R$358 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para quatro dessas usinas, no Ceará. Transferência de controle A GDF tem adotado um modelo de negócio no Brasil, onde a companhia vai ao leilão, caso vença, constrói a hidrelétrica e posteriormente a repassa à sua controlada Tractebel, como deve ocorrer no caso da usina de Jirau. “Está em tempo de considerar a transferência de Jirau para a Tractebel”, comentou o executivo da GDF. O processo de transferência passa por uma analise das condições, como é de praxe, além de depender da recomendação por parte de um comitê de investidores independentes, apresentação ao conselho de administração das empresas e, posterior aprovação pelos órgãos públicos responsáveis. “Isso caminha para acontecer no próximo ano”, projetou. Página 4 / 4
Vestas renova contrato para prestação de serviços para 533 MW Jornal da Energia – 16/10/2012
Ao todo, serão atendidas oito parques eólicos no Canadá A Vestas comunicou ao mercado a renovação de contrato junto à International Power Canada para a prestação de serviços equivalentes a 533 MW instalados, divididos entre oito parques eólicos. Ao todo, são 335 MW em plantas existentes, localizadas nas regiões de New Brunswick, Ontario and Prince Edward Island, além de outros 198 MW de outros dois projetos que econtram-se em fase de finalização. O acordo entre as duas companhias foi firmado para prazo de 10 anos. “A International Power é reconhecida como inovadora na área de energia eólica canadense, por isso é importante para a Vestas dar continuidade a essa parceria”, a presidente da Vestas-Canadian Wind Technology, Martha Wyrsch. Para viabilizar o contrato de longo prazo, a Vestas terá que manter, pelo menos, 40 funcionários envolvidos na execução dos trabalhos, o que inclui, além da manutenção programada, a execução de serviços para maximizar a produção de energia das turbinas. Até o final de 2012, a Vestas terá completado quatro novas plantas no Canadá, totalizando 308 MW. Outros seis projetos adicionais usando turbinas da Vestas, totalizando 419 MW serão construídos em 2013
16/10/2012
energia eólica Clipping Renovação de Energia impulsiona desenvolvimento sustentável Portal Último Instante – 15/10/2012 Empresa produz energia renovável e investe em 20 projetos voltados para as comunidades da região. A Renova Energia por intermédio da implantação do Complexo Eólico Alto Sertão I, considerado hoje o maior do gênero na América Latina, inseriu o sudoeste baiano no cenário nacional. Construído nos municípios de Caetité, Guanambi e Igaporã, o empreendimento teve aporte de R$ 1,2 bilhão e é apontado como um dos maiores investimentos no setor eólico no Brasil. A sustentabilidade é um dos pilares do modelo de negócio da Renova, seja por sua atividade fim que é a geração de energia renovável, como também por suas ações voltadas ao desenvolvimento de todo o território em sua área de atuação. A implantação do Complexo Eólico Alto Sertão I é um exemplo que ilustra na prática o posicionamento da companhia. O modelo escolhido foi o arrendamento e não a aquisição de terras porque a empresa entende que a propriedade é o bem mais precioso para o homem do campo. “É da terra que ele tira seu sustento e na convivência comunitária, construída ao longo de décadas, é que ele encontra as condições para manter vivas suas tradições e sua cultura”, afirma Ney Maron, diretor de Meio Ambiente da Renova Energia. Atualmente, mais de 300 famílias estão sendo beneficiadas com arrendamento de terras. Essa renda extra ajuda a movimentar a economia regional e permitir que os arrendatários continuem a exercer suas atividades anteriores, como a agricultura e a pecuária, que convivem em harmonia com a geração de energia eólica. Além disso, a Renova está investindo R$9,4 milhões no Programa Catavento, iniciativa que reúne 20 projetos socioambientais. As ações abrangem nesta primeira fase: Plano Museológico Museu de Arqueologia do Alto Sertão da Bahia (MASB), Festival de Artes Cênicas da Casa Anísio Teixeira (Festcasa), oficinas de música e teatro, capacitação profissional, recuperação e preservação de mananciais de abastecimento público, compostagem, um plano de desenvolvimento de cadeias produtivas locais, construção de usina para beneficiamento de culturas regionais e apicultura, construção de um laboratório fitoterápico, ações de empreendedorismo e assessoria técnica rural, entre outros. O Plano Museológico, que tem como finalidade a implantação do Museu de Arqueologia do Alto Sertão da Bahia (MASB) é um dos destaques do Programa Catavento. O Projeto surgiu na fase de investigação para a 16 de outubro de 2012 –Terça-Feira – N# 944 Página 2 / 2 implantação do Complexo Eólico. O cuidadoso planejamento nesta etapa resultou na identificação de 49 sítios arqueológicos, 49 ocorrências arqueológicas, 51 áreas de ocupação histórica e na coleta de 12.619 peças de valor arqueológico. A partir daí teve início um intenso processo de mobilização social para a construção do Museu, cujo processo está em andamento. Outra constante preocupação da Renova é com o abastecimento da água na região, bem tão precioso quanto escasso no semiárido. Diante da maior estiagem dos últimos 47 anos, que atingiu vários municípios incluindo Caetité, Guanambi, Igaporã, a Renova Energia apoiou as comunidades que estão enfrentando a seca, fornecendo a água captada nos poços outorgados para o empreendimento. A empresa também colocou em prática um plano de obras para recuperação de barragens que vai garantir água para mais de 200 famílias. As barragens das comunidades de Beira Rio e Aroeiras vão acumular água da chuva e garantir o abastecimento no período de estiagem. As obras na Barragem Beira Rio, com capacidade para armazenar mais de 1,5 milhão de metros cúbicos, foram iniciadas em 25 de setembro e em Aroeiras, no dia 3 de outubro. Eletrobras pleiteia créditos de carbono para empreendimentos do Proinfa Jornal da Energia – 15/10/2012 De acordo com a companhia, a iniciativa pode beneficiar 17 PCHs e 15 usinas eólicas A Eletrobras, por meio da empresa validadora italiana Rina, publicou no site da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês), órgão da ONU responsável pela concessão de créditos de carbono, quatro Documentos de Concepção de Projetos (DCPs), pedindo a obtenção de créditos de carbono para 32 empreendimentos - 17 PCHs e 15 usinas eólicas - incluídos no Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia (Proinfa). A elaboração e a publicação dos DCPs constituem a primeira etapa para obtenção dos créditos de carbono junto a ONU. De acordo com a Eletrobras, a Rina, empresa credenciada pela ONU para este tipo de trabalho, está analisando os documentos e seguindo todos os procedimentos relativos ao processo de validação. Num terceiro estágio, os documentos aprovados, juntamente com os Relatórios de Validação, serão encaminhados para a Autoridade Nacional Designada (AND), que, no Brasil, é o Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), que será responsável por emitir a carta de aprovação, que compõe o acervo documental a ser enviado para o Conselho Executivo do MDL (ONU). Depois de cumpridas estas etapas, os projetos são analisados e registrados na ONU, dando início ao processo de monitoramento e certificação. A companhia explica que, uma vez obtidos os créditos de carbono, eles serão negociados e o valores revertidos para a conta do Proinfa, o que reduzirá o custo do encargo cobrado nas tarifas de energia elétrica dos consumidores.
11/10/2012
Setor eólico global desacelera no primeiro semestre de 2012, aponta WWEA Fabíola Binas e Wagner Freire – Jornal da Energia – 10/10/2012 Mercados potenciais como Brasil e México tiveram crescimento modesto, mas acima da média mundial Relatório divulgado pela World Wind Energy Association, entidade que reúne representantes do setor eólico de 95 países, apontou um recuo no mercado global nos primeiros seis meses do ano. De acordo como o relatório, as novas instalações de parques somaram 16,5 GW de capacidade instalada no primeiro semestre de 2012, contra os 18,4 GW implantados no mesmo período do ano anterior, o que representa uma queda de 11,35%. Apesar do encolhimento na expansão dos negócios, a capacidade instalada mundial do setor eólico ultrapassou os 250 GW, devendo “chegar aos 274 GW até o final do ano”, ressalta o levantamento da World Wind. Segundo a associação internacional, o momento de retração do mercado, se seu por conta da “desaceleração na China que levou à diminuição global”, além de citar ainda algumas incertezas em mercadoschave. Responsáveis por 74% do market share mundial, países como China, Estados Unidos, Alemanha, Espanha e Índia continuam, nesta ordem, a liderar como os maiores mercados eólicos. De acordo com o estudo, os dez principais mercados estão em situação diversificada em relação ao cenário, sendo que EUA, Alemanha, Itália, França, Reino Unido mostraram avanço no último ano, a Índia apresentou estabilidade e China, Espanha, Canadá, Portugal viram o setor colocar o pé no freio em 2011. Para a World Wind, mercados considerados potenciais na América Latina, como o México e o Brasil tiveram taxas de crescimento modestas, mas acima da media mundial. “Para ambos é esperado que continuem como mercados-piloto na região nos próximos anos”. O cálculo é de que a 11 de outubro de 2012 –Quinta-Feira – N# 942 Página 2 / 4 capacidade instalada brasileira saltou de 1,42 GW para 1,54GW no período apurado e os parques mexicanos cresceram de 929 MW para 1GW. Análise global O vice-presidente e responsável pela área internacional da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Lauro Fiúza (foto), lembra que a crise econômica na Europa está afetando muitas empresas do setor de energia dos ventos. Isso porque mercados como Espanha, Portugal, França, Itália, Grécia estão enfrentando dificuldades para manter seus investimentos no setor. “A Alemanha é a única que mantém seus investimentos na Europa”, destaca. Segundo o executivo, "com raras exceções, toda indústria eólica internacional está passando por dificuldade. Não digo no sentido do que aconteceu com a Fuhrlander, mas no que se refere a se readaptar ao novo cenário econômico mundial", disse, referindo-se à fabricantes de equipamento alemã que pediu falência no mês passado. "Nos EUA as coisas também estão paradas. Lá, os investidores estão aguardando a prorrogação do programa de incentivos para a indústria eólica. Para se ter uma ideia, estão previstos para ser instalados neste ano de 8 a 10GW nos Estados Unidos. Porém, para o ano que vem, não mais do que 1GW", destaca Fiúza. Na avaliação de Fiúza, o Brasil ainda não precisa se preocupar, mesmo que haja um cancelamento dos leilões previstos para este ano. "O cancelamento do leilão não teria um baque muito forte no setor. Isso porque há muitos investimentos em andamento. Essa parada seria até bom para dar uma organizada nos negócios." Vestas recebe encomenda de 114 MW para o Peru Jornal da Energia – 10/10/2012 As primeiras turbinas deverão entrar em operação comercial no final de 2013 A Vestas informou ao mercado que recebeu uma encomenda de 114 MW de capacidade instalada para atender à ContourGlobal. O contrato é destinado a implantação dos parques eólicos Cupisnique e Talara, no Peru. A entrega das primeiras turbinas está prevista para o início do próximo ano. Trata-se de um contrato onde a Vestas, além de fornecer, instalar e comissionar as turbinas, também ficará responsável pela implantação dos parques eólicos, incluindo os serviços de obras civis e elétricas. A entrada em operação comercial deve o ocorrer no final de 2013, segundo informações da companhia. O vice-presidente da Vestas na América do Sul, Marcelo Tokman Ramos comentou que a empresa está satisfeita em ter sido escolhida como como parceira do projeto, pois isso mostra a “confiança na capacidade da equipe” no apoio ao primeiro projeto da ContourGlobal no Peru. Página 3 / 4 Impsa obtém financiamento de US$ 7 mi para reforçar capital de giro Jornal da Energia – 10/10/2012 Montante foi tomado pela subsidiária da empresa argentina junto à Corporação Interamericana de Investimentos A Wind Power Energia (WPE), subsidiária brasileira da argentina Impsa, comunicou a formalização da obtenção de um financiamento junto à Corporação Interamericana de Investimentos (CII) de US$ 7 milhões. Os recursos serão destinado ao investimento de capital de giro no setor eólico. O desembolso foi realizado no início do mês. Trata-se de um empréstimo com prazo de três anos , taxa de juros Libor e spread de 3,75%. O financiamento será utilizado como capital de giro da WPE para continuidade da execução e o o desenvolvimento de novos contratos na América Latina. Para a companhia, a operação aprofunda a relação da multilatina Impsa com o CII com a assinatura entre os bancos multilaterais de crédito dentro de um contexto global delicado. Nordeste aumenta investimentos em energia eólica Portal Terra – 10/10/2012 Os números envolvendo investimentos em projetos eólicos no Nordeste impressionam. Segundo cálculos da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), a região respondeu por quase 80% dos projetos contratados do leilão de fontes alternativas de energia elétrica, realizado no fim de agosto. E a expectativa também é alta para o próximo leilão, marcado para outubro, que deve trazer para o Nordeste investimentos na casa dos R$ 11 bilhões - somando os projetos contratados no ano passado, o valor passa dos R$ 20 bilhões. "A natureza foi generosa com o Nordeste, agora é preciso que todos - setor público e privado - façam a lição de casa e aumentem ainda mais os investimentos em logística", diz Elbia Melo, presidente executiva da Abeeólica. Segundo Elbia, a região tem que aproveitar a força e a características dos ventos ("são os melhores do mundo para a geração desse tipo de energia"), a infraestrutura (atualmente são 43 parques - dos 57 parques do Brasil -, número que chegará a 215 usinas até 2014), e a invejável capacidade produtiva (833,8 MW) para atrair ainda mais investimentos e aumentar a competitividade. "Os empresários brasileiros estão buscando tecnologia para a fabricação de aerogeradores de pequeno porte, com qualidade e custos competitivos", diz Elbia. Aliás, o mercado de equipamentos desse setor também tem se mostrado promissor. A Abeeólica calcula que este segmento movimente R$ 25 bilhões nos próximos cinco anos. Atualmente, o Brasil possui 11 fabricantes de equipamentos eólicos com uma capacidade de produção de cerca de 3,4 GW por ano - parte desse montante é exportada. "Podemos, com investimentos, aumentar significativamente o número de empresas fabricantes", afirma Elbia. Apesar de os estados do Ceará, Bahia e Rio Grande do Norte concentraram o maior número de parques e usinas, boa parte dos investimentos tem sido direcionados para Pernambuco, onde o governo planeja construir um parque eólico no Complexo Portuário de Suape, localizado a 60 quilômetros do Recife. A região Página 4 / 4 já abriga uma fábrica de aerogeradores e de torres eólicas, mas em breve deve receber novas empresas do setor. O grupo argentino Impsa, por exemplo, anunciou investimento de R$ 145 milhões para construir uma unidade com capacidade para produzir cerca de 300 equipamentos por ano. Já a sul-coreana Win&P, fabricante de torres, também anunciará em breve investimentos em Pernambuco. Bateria transforma ar em líquido para armazenar energia eólica Douglas Ciriaco – Portal TecMundo – 10/10/2012 Um dos grandes problemas da engenharia moderna, a questão do armazenamento de energia pode ser solucionada por meio do uso de ar líquido. A energia eólica é uma das energias mais limpas conhecidas até o momento, porém, além de cara, ela tem um grande problema com o armazenamento do excesso de energia produzido. No entanto, parece que um inventor britânico encontrou uma solução para burlar esse empecilho. Peter Dearman criou o Liquid Air Storage (Armazenamento de Ar Líquido, em tradução livre), que usa um sistema de liquefação do ar para facilitar o seu armazenamento. Dearman, que é um inventor de garagem, criou até mesmo uma empresa para fazer uma parceria com o governo do Reino Unido, a Highview Power Storage (HPS), e desenvolver melhor o seu produto. O método da HPS consiste em usar resfriadores que sugam o ar ambiente, além de remover todo o CO2 e o vapor d’água nele existente. O gás restante, composto majoritariamente por nitrogênio, é congelado a -190 °C, temperatura capaz de devolver o estado líquido ao nitrogênio. É nesse ponto que acontece o “sequestro” da energia do material, que passa a ser armazenado em frascos térmicos especialmente isolados. Esse processo permite transformar 700 litros de ar gasoso em 1 litro de ar líquido, poupando bastante espaço e mantendo o potencial energético da substância. Aquecimento = energia Quando chegar a hora de usá-los, os frascos com ar líquido são acoplados em turbinas especiais e então abertos. O seu conteúdo é rapidamente aquecido, gerando pressão suficiente para mover as turbinas. O sistema permite ainda o controle do calor aplicado ao processo de aquecimento, garantindo acesso rápido e simples a todo o processo. A estimativa da HPS é de que seu sistema consiga produzir 1 kilowatt de energia a menos de US$ 1 mil, valor que representa o custo médio da mesma quantidade de energia eólica.
A energia eólica é a energia que provém do vento. O termo eólico vem do latim aeolicus, pertencente ou relativo a Éolo, deus dos ventos na mitologia grega e, portanto, pertencente ou relativo ao vento.
Conversão em energia mecânica
A bolina sob o barco a vela oferece resistência lateral à ação do vento, permitindo um avanço gradual através do vento.
A energia eólica tem sido aproveitada desde a antiguidade para mover os barcos impulsionados por velas ou para fazer funcionar a engrenagem de moinhos, ao mover as suas pás. Nos moinhos de vento a energia eólica era transformada em energia mecânica, utilizada na moagem de grãos ou para bombear água. Os moinhos foram usados para fabricação de farinhas e ainda para drenagem de canais, sobretudo nos Países Baixos.
Conversão em energia elétrica
Na atualidade utiliza-se a energia eólica para mover aerogeradores - grandes turbinas colocadas em lugares com muito vento. Essas turbinas têm a forma de um catavento ou um moinho. Esse movimento, através de um gerador, produz energia elétrica. Precisam agrupar-se em parques eólicos, concentrações de aerogeradores, necessários para que a produção de energia se torne rentável, mas podem ser usados isoladamente, para alimentar localidades remotas e distantes da rede de transmissão. É possível ainda a utilização de aerogeradores de baixa tensão quando se trata de requisitos limitados de energia elétrica.
A energia eólica pode ser considerada uma das mais promissoras fontes naturais de energia, principalmente porque é renovável, ou seja, não se esgota, limpa, amplamente distribuída globalmente e, se utilizada para substituir fontes de combustíveis fósseis, auxilia na redução do efeito estufa. Em países como o Brasil, que possuem uma grande malha hidrográfica, a energia eólica pode se tornar importante no futuro, porque ela não consome água, que é um bem cada vez mais escasso e que também vai ficar cada vez mais controlado. Em países com uma malha hidrográfica pequena, a energia eólica passa a ter um papel fundamental já nos dias atuais, como talvez a única energia limpa e eficaz nesses locais. Além da questão ambiental, as turbinas eólicas possuem a vantagem de poderem ser utilizadas tanto em conexão com redes elétricas como em lugares isolados, não sendo necessário a implementação de linhas de transmissão para alimentar certas regiões (que possuam aerogeradores).
Energia eólica no mundo
Em 2009 a capacidade mundial de geração de energia elétrica através da energia eólica foi de aproximadamente 158 gigawatts (GW),o suficiente para abastecer as necessidades básicas de dois países como o Brasil(o Brasil gastou em média 70 gigawatts em janeiro de 2010). Para se ter uma idéia da magnitude da expansão desse tipo de energia no mundo, em 2008 a capacidade mundial foi de cerca de 120 GW e, em 2007, 59 GW.
A capacidade de geração de energia eólica no Brasil vem aumentando ano a ano. Em 2008 era de 341MW, em 2009 passou 606 MW, e em 2010 atingiu o valor de 920MW. O Brasil responde por cerca da metade da capacidade instalada na América Latina, mas representa apenas 0,38% do total mundial.
Até 2005 a Alemanha liderava o ranking dos países em produção de energia através de fonte eólica, mas em 2008 foi ultrapassada pelos EUA.
Desde 2010 a china é o maior produtor de energia eólica. Em 2011 o total instalada nesse país ultrapassava os 62.000MW (62GW), comparado com os 44.000 instalado até 2010, foi um aumento de 41%.
Em alguns países, a energia elétrica gerada a partir do vento representa significativa parcela da demanda. Na Dinamarca esta representa 23% da produção, 6% na Alemanha e cerca de 8% em Portugal e na Espanha (dados de setembro de 2007). Globalmente, a energia eólica não ultrapassa o 1% do total gerado por todas as fontes.
Potência instalada de energia eólica, mundialmente (2010)[5][6]
Maiores produtores de energia eólica em 2011 segundo a WWEA
O custo da geração de energia eólica tem caído rapidamente nos últimos anos. Em 2005 o custo da energia eólica era cerca de um quinto do que custava no final dos anos 1990, e essa queda de custos deve continuar com a ascensão da tecnologia de produção de grandes aerogeradores. No ano de 2003 a energia eólica foi a forma de energia que mais cresceu nos Estados Unidos.
A maioria das formas de geração de eletricidade requerem altíssimos investimentos de capital e baixos custos de manutenção. Isto é particularmente verdade para o caso da energia eólica, onde os custos com a construção de cada aerogerador podem alcançar milhões de reais, os custos com manutenção são baixos e o custo com combustível é zero. Na composição do cálculo de investimento e custo nesta forma de energia levam-se em conta diversos fatores, como a produção anual estimada, as taxas de juros, os custos de construção, de manutenção, de localização e os riscos de queda dos geradores. Sendo assim, os cálculos sobre o real custo de produção da energia eólica diferem muito, de acordo com a localização de cada usina.
Apesar da grandiosidade dos modernos moinhos de vento, a tecnologia utilizada continua a mesma de há 1000 anos, tudo indicando que brevemente será suplantada por outras tecnologias de maior eficiência, como é o caso da turbovela, uma voluta vertical apropriada para capturar vento a baixa pressão ao passar nos rotores axiais protegidos internamente. Esse tipo oferece certos riscos de colisões das pás com objetos voadores (animais silvestres) mas não interfere na áudiovisão. Essa tecnologia já é uma realidade que tanto pode ser introduzida no meio ambiente marinho uma vez que os animais aquáticos não correm riscos de colisão como no ambiente terrestre.
O Brasil possui grande potencial em energia eólica. Segundo Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, publicado pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica da Eletrobrás, o território brasileiro tem capacidade para gerar até 140 gigawatts, mas atualmente a capacidade instalada é de 1 GW, o que representa menos de 1% do potencial.Por outro lado, o potencial eólico brasileiro é mais de todo o potencial elétrico instalado no país atualmente.
A maior fonte de eletricidade do Brasil são as usinas hidrelétricas. Um estudo indica que o país poderia substituir a energia térmica pela energia eólica. Isso porque as usinas térmicas só são acionadas durante os períodos de seca, quando os rios ficam mais baixos e as hidrelétricas são insuficientes para produzir toda a energia consumida. Porém, é justamente nesse período que o regime de ventos no Nordeste é mais intenso.
O maior centro de geração de energia eólica do país é o Parque eólico de Osório, localizado no Rio Grande do Sul, com a capacidade de gerar até 150 MW. Mas um complexo de 14 parques eólicos na Bahia deve entrar em operação em julho de 2012 e será ainda maior, podendo produzir até 300 MW.
A previsão é que a participação da fonte de energia eólica na matriz energética brasileira continue crescendo, como vem acontecendo no resto do mundo, apresentando taxas de crescimento médias de potência instalada superiores a 20%.
Vantagens da energia eólica
A produção de energia elétrica através de energia eólica tem várias vantagens das quais podemos ressaltar as principais.
É uma fonte renovável, não emite gases de efeito estufa, gases poluentes e nem gera resíduos na sua operação, o que a torna uma fonte de energia de baixíssimo impacto ambiental.
Os parques eólicos (ou fazendas eólicas) são compatíveis com os outros usos do terreno como a agricultura ou pecuária, já que os atuais aerogeradores têm dezenas de metros de altura.
O grande potencial eólico no mundo aliado com a possibilidade de gerar energia em larga escala torna esta fonte a grande alternativa para diversificar a matriz energética do planeta e reduzir a dependência ao petróleo. Em 2011 na União européia ela já representa 6,3% da matriz energética, e no mundo mais de 3,0% de toda a energia elétrica.
Finalmente, com a tendência de redução nos custo de produção de energia eólica, e com o aumento da escala de produção, deve se tornar uma das fontes de energia mais barata.
Desvantagens da energia eólica
Apesar de todos os pontos positivos, é preciso tomar cuidado antes de apostar na energia eólica. Se não forem feitos os estudos de mapeamento, medição e previsão dos ventos, ela não é uma fonte confiável. Não há muitos dados sobre o regime de ventos no Brasil, e eles costumam serem aproveitáveis somente durante parte do ano.
Além disso, os parques eólicos produzem poluição sonora e visual. Também podem interferir na rota migratória de pássaros, e os aerogeradores interferem na paisagem do local. Além disso, todo o equipamento é caro, o que pode inviabilizar a criação de parques eólicos.
O consórcio britânico The London Array começou a montagem do maior parque eólico do mundo em alto mar. As primeiras duas turbinas de 3,6 MW foram instaladas no fim de janeiro. Começam a gerar eletricidade em março.
Na primeira fase do projeto, serão instaladas 175 turbinas até o fim deste ano. Somarão uma capacidade para gerar 630 MW (a mesma potência da usina nuclear de Angra 1, no Rio de Janeiro). Em seguida, a London Array começa a montar outro grupo de turbinas, que farão o parque eólico chegar a 1 GW. A ilustração acima mostra como o parque ficará quando pronto. A foto abaixo é de uma das subestações do sistema que transporta a eletricidade gerada no mar para terra firme.
A empresa Americana EnviroMission planeja construir a maior torre do mundo no deserto do Arizona, nos Estados Unidos. Ela terá 800 metros. Será a segunda maior estrutura do mundo, menor apenas do que o prédio Burj Khalifa, com 828 metros, em Dubai.
A torre não abrigará escritórios nem hotéis. Seu objetivo é gerar energia, usando o fluxo de ar quente do deserto. A torre captará o ar quente que se eleva do solo em volta. No interior da estrutura, o ar ganhará velocidade enquanto sobe. No caminho, moverá 32 turbinas de geração elétrica, num total de 200 MW. Segundo a empresa, a energia será suficiente para abastecer 100 mil casas. A torre vai gerar energia mesmo durante a noite, uma vantagem em relação às placas fotovoltaicas, que dependem da luz do Sol.
A obra deve custar cerca de US$ 750 milhões. Mas a empresa estima que os custos de operação serão baixos. E o gerador de energia de ar quente funcionará por pelo menos 80 anos.
Dependendo de como você encara, é uma forma diferente de explorar a energia eólica, dos ventos. Além de gerar energia, a torre também tem o potencial de virar uma atração turística.
Você já ficou irritado com o barulho de alguma obra próxima da sua casa? Saiba que as baleias do Mar Báltico passam pela mesma situação. Com as restrições adotadas pela Alemanha para a produção de energia nuclear, o país passou a incentivar a construção de turbinas para a geração de energia eólica no mar. Agora, os cientistas acreditam que as baleias estão sofrendo com o barulho da construção das novas turbinas.
A ideia foi da Agência Federal para a Conservação da Natureza, e envolve tecnologia simples e barata. Canos circundariam as obras. De pequenos furos, sairiam bolhas de ar. A cortina de bolhas faria uma barreira contra o barulho da construção.
Será que funciona? Se der certo, as baleias agradecem!
O dia 15 de junho foi escolhido pelo Conselho Mundial da Energia Eólica como o Dia Mundial do Vento. Em 2010, para comemorar a data, foram realizados 220 eventos em 29 países que fazem parte da corrida eólica. Este ano mais eventos, muitos culturais, estão sendo realizados em diferentes países como Canadá, Áustria, EUA, China, Espanha, Ucrânia, Uruguai, México, Bulgária, Bélgica, Índia, Japão e Alemanha, onde peças de teatro produzidas ao ar livre – ao sabor do vento – chamam atenção para energias limpas.
Em 2011 os destaques vão para a exposição sobre novas tecnologias eólicas do Museu de Tecnologia de Berlim; o lançamento da etiqueta “New York City Wind-Made” para produtos feitos com energia eólica; e, para a Espanha que quebrou um importante recorde em março passado quando, pela primeira vez na história gerou mais energia a partir do vento do que das demais fontes. A geração de 4.738 GWh (gigawatts/hora) eólicos no mês cobriu 21% da demanda, suficiente para abastecer 13 milhões de lares espanhóis e economizar 250 milhões de euros com importação de combustíveis fósseis, reduzindo emissões de CO², encerrando 2010 com uma potência eólica instalada de 20.67 GW (gigawatts).
Relatórios do Worldwatch Institute (WWI), adotados por fundos de investimentos como referências para sustentabilidade, revelam que mais de 70 países do mundo investem em energia eólica. O estado americano do Texas, tradicional líder na produção de petróleo é, hoje, líder na geração de eletricidade do vento. Se todas as fazendas de vento ora projetadas forem concluídas até 2025 o Texas terá 38 GW de capacidade de geração eólica, equivalente a 38 usinas de carvão, e satisfará 90% das necessidades de energia residencial para os 25 milhões de habitantes do estado. Na China, o Programa de Energia Eólica, maior do que qualquer outro do mundo constrói sete mega complexos que variam entre 10 e 38 GW cada, em 30 diferentes províncias.
Nos EUA a “produtividade energética” passou a ser um novo valor agregado as áreas rurais. Como turbinas eólicas ocupam apenas 1% do solo das fazendas de vento, o mesmo local pode ser usado para lavouras e criação de gado, aumentando a rentabilidade. Os proprietários rurais (donos do vento) que arrendam pontos de suas fazendas para concessionárias visando a implantação de turbinas eólicas recebem, sem investimentos adicionais, entre 3 mil e 10 mil dólares por ano, em royalties, por cada turbina instalada.
O mercado de bens e serviços da eficiência energética movimentou globalmente, em 2008, uma economia de US$156 bilhões, com crescimento vertiginoso poderá passar de US$ 655 bilhões (mais de 1 trilhão de reais) em 2020. Apesar das pesquisas estimarem o potencial brasileiro eólico em 143 GW – mais de dez vezes o que é gerado pela usina de Itaipú – apenas 0,5% da matriz energética nacional é hoje abastecida pelo vento. Com os investimentos em curso a força eólica brasileira poderá passar para 5.25 GW, 4.3% da matriz nacional até 2013.
Municípios do semiárido baiano, ricos em vento, mais precisamente Caetité, Guanambi e Igaporã, destacados no Mapa Eólico do Brasil, começam a despertar para o valor deste patrimônio ambiental até então esquecido. Na região está sendo instalado pela Renova Energia, com ações cotadas na BMF/Bovespa, o maior complexo eólico da America Latina, envolvendo 14 parques com capacidade de geração total de 455,6 MW (megawatts) e inicio de operação em julho de 2012.
Dentro da nova concepção global de sustentabilidade esses municípios são percebidos como polo eólico do planeta, não mais como “interior da Bahia”. Com este novo status internacional, podem aproveitar o exemplo do estado de Nova Iorque e de outros polos eólicos parceiros do mundo, para lançar a etiqueta “Bahia Wind-Made” (Feito com Ventos da Bahia) e promover eventos culturais – ao sabor do vento –, atraindo novas rendas e chamando atenção de investidores nacionais e internacionais. Com iniciativas como essas que impulsionam o desenvolvimento econômico e social de uma região, a Bahia, integrada com o mundo, pode comemorar o Dia Mundial do Vento.
(Eduardo Athayde, diretor do Worldwatch Institute no Brasil)
Um trio de arquitetos italianos projetou a mais bela ponte capaz de também aproveitar a energia dos ventos. O problema é que a ideia, segundo especialistas, além de inspiradora, é impraticável. A ponte foi desenhada por Francesco Colarossi, Giovanna Saracino e Luisa Saracino para um concurso de arquitetura na Itália. O projeto é ousado. A ponte teria as pistas tradicionais para automóveis. Embaixo, ao longo dos pilares, grandes estruturas circulares comportariam cataventos com tamanhos variados, para captar a energia dos ventos. Mas não funcionaria. Por algumas razões.
- O atrito do ar com a estrutura e as turbinas provocaria enorme turbulência na ponte
- A estrutura adicional para sustentar as turbinas tornaria a ponte cara demais
- As turbinas penduradas têm uma manutenção caríssima. Além disso, por terem tamanhos diferentes, a manutenção com troca de peças também seria anti-econômica
- As turbinas precisam estar a 80 metros de altura para gerar bastante energia. Construir uma ponte com uma altura dessas raramente compensa
Este carro é movido a vento. Mas ele anda mais rápido do que a própria velocidade do vento. Como pode ser? É um feito de engenhosidade e engenharia. O projeto, batizado de DDWFTTW, é da Universidade Estadual de San Jose, nos Estados Unidos. O truque dos projetistas foi construir um veículo que vai além de usar a energia gerada pelo vento, e captada pelas hélices, para impulsionar as rodas. O movimento de inércia das rodas também impulsiona as hélices.
Ainda não está claro como isso pode ser usado para construir veículos mais próximos do nosso dia-a-dia. Mas é uma ideia genial.
(Alexandre Mansur)
Este carro é movido a vento. Mas ele anda mais rápido do que a própria velocidade do vento. Como pode ser? É um feito de engenhosidade e engenharia. O projeto, batizado de DDWFTTW, é da Universidade Estadual de San Jose, nos Estados Unidos. O truque dos projetistas foi construir um veículo que vai além de usar a energia gerada pelo vento, e captada pelas hélices, para impulsionar as rodas. O movimento de inércia das rodas também impulsiona as hélices.
Ainda não está claro como isso pode ser usado para construir veículos mais próximos do nosso dia-a-dia. Mas é uma ideia genial.
A Europa deve adicionar este ano mais potencial de geração elétrica a partir de usinas eólicas do que de usinas termelétricas a gás natural. É um bom sinal para quem ainda acha que a energia dos ventos é apenas decorativa. A estimativa é da Associação de Energia Eólica da Europa (a EWEA). A EWEA acredita até que a energia dos ventos cresça um pouco mais do que a do gás este ano.
Na Europa, os cataventos estão brotando em velocidade tão grande que a capacidade instalada de energia eólica vem rapidamente alcançando à do gás. Houve mais investimento (por potencial de geração) em eólicas em 2008 e 2009. Hoje, a capacidade instalada para energia dos ventos lá é de 85 gigawatts. A capacidade de geração das usinas a gás era em 2007 (o último dado disponível) de 119 gigawatts.
Também é interessante observar que o predomínio dos investimentos em energia limpa eólica se mantém mesmo com a aguda crise financeira na Europa. É um sinal de que, além de boa para o clima da Terra, a energia dos cataventos também faz sentido econômico.
Bem que o governo brasileiro poderia ser mais agressivo na expansão das usinas eólicas aqui. Segundo estudos, o país tem potencial tanta energia a partir dos ventos quanto se consome hoje. Talvez até fizesse bem para nossa economia.
Vários países estão apresentando planos ambiciosos para construir conjuntos de cataventos em alto mar. E energia eólica na costa é uma forma bem confiável de produção limpa. Agora, existe um jeito para aumentar sua eficiência. A Ocean Energy desenvolveu um sistema para aproveitar a base de cada catavento e também gerar energia a partir das ondas.
Parece uma ótima solução. Até agora, um dos maiores obstáculos para tirar energia das ondas é construir a infra-estrutura necessária. Tudo é complicado e caro, desde os pilares para captar a ondulação até os cabos para transmitir eletricidade no fundo do mar. Mas se os geradores pegarem carona nas turbinas eólicas, fica mais viável.
Cada gerador de energia a partir das ondas, batizado de Wave Treader pode produzir 500 kW de potência. Segundo a empresa, eles aumentam em 50% do rendimento de cada catavento. O primeiro protótipo em escala real será construído este ano. A empresa diz estar pronta para entregar Wave Treaders a partir de 2011. Se funcionar mesmo, eles terão mercado. Só o Reino Unido planeja instalar mil turbinas eólicas em alto mar entre 2011 e 2015.
A base belga na Antártica, a Estação Princesa Elisabeth, começou ontem a funcionar com energia eólica. Agora, a energia elétrica é fornecida por oito turbinas que podem suportar as temperaturas de até 60 graus negativos e ventos de mais de 320 quilômetros por hora. É a primeira base no continente a usar a força dos ventos. Todas as outras bases na Antártica usam geradores a diesel porque nenhuma turbina, até agora, conseguia operar em condições climáticas tão extremas. Em compensação, com o excesso de vento na Antártica, as oito turbinas serão as mais produtivas do mundo. Elas alimentam o sistema de aquecimento da estação, além das luzes, computadores e instrumentos científicos.
É uma conquista, considerando que os geradores a diesel, além de barulhentos e poluidores, exigiam que o combustível fosse transportado até lá. A nova instalação só foi possível porque turbinas especiais foram desenvolvidas pela empresa escocesa Proven Energy. Outras turbinas eólicas da Proven já aguentaram até furacões no Japão.
Um estudo feito por um grupo de pesquisadores da Universidade Delaware, nos EUA, sugere que cataventos instalados em um trecho da costa brasileira na região Sudeste podem produzir sozinho eletricidade para abastecer todo o país. “É a primeira tentativa de avaliar o potencial para energia eólica no mar do Brasil”, diz o brasileiro Felipe Pimenta, um dos pesquisadores. “Ele é importante porque um novo programa do governo, o ProInfra, pretende aumentar o uso de energia renovável no país para chegar a 10% do consumo atual de eletricidade”, afirma. O levantamento foi feito em parceria com a Nasa, a agência espacial americana.
Segundo a avaliação, só nesse trecho do litoral, seria possível gerar até 102 gigawatts de eletricidade. Teoricamente, seria o bastante para a demanda atual do país, que está em torno de 100 gigawatts. Isso se toda a area fosse usada para instalação de cataventos. No entanto, alguns trechos seriam excluídos do projeto de energia eólica para preserver faixas de navegação, pesca comercial e preservação de ambientes marinhos. Essas exclusões reduziriam em 10% a 46% a capacidade total de geração da região. Mesmo assim, segundo os pesquisadores, os cataventos já agregariam muito à eletricidade do país.
Para fazer as estimativas, os pesquisadores usaram dados de duas estações meteorológicas flutuantes. A partir deles, estimaram o vento que sopraria ao longo do ano a 80 metros de altura, acima da superfície do mar, que é a posição das hélices dos cataventos marinhos. Pelas projeções do estudo, os cataventos seriam instalados em uma faixa entre o litoral do Rio de Janeiro e São Paulo, a uma área onde o mar tem menos de 50 metros de profundidade. Nessas condições, já há tecnologia hoje disponível para instalar os cataventos e os cabos de transmissão de energia.
Os grupos de cataventos instalados no mar têm algumas vantagens sobre os fincados na terra. Primeiro, eles não concorrem com outros usos de grandes extensões de terrenos, muitas vezes valorizados. Segundo, podem ficar perto das grandes cidades, que consomem eletricidade. Além disso, o vento que sopra no mar é mais constante do que o da terra. Isso é importante para gerar um suprimento confiável de eletricidade.
Energia Eólica Clipping Parques eólicos: após leilão, 32 estão parados Diário do Grande ABC – 30/09/2012 Quase metade das usinas licitadas no primeiro leilão de energia eólica do Brasil está pronta sem poder gerar um único megawatt (MW) de eletricidade. Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que 32 dos 71 parques eólicos leiloados em 2009 estão parados por causa da falta de linhas de transmissão. "Houve um descasamento entre a entrega das usinas e do sistema de transmissão", afirmou o diretor da agência reguladora, Romeu Rufino. A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), estatal do Grupo Eletrobrás, venceu o leilão das linhas de transmissão, mas não concluiu nenhum projeto - em alguns casos, nem iniciou as obras. Pelas regras do contrato, o sistema de transmissão teria de ser concluído na mesma data dos parques eólicos para permitir o início dos testes. Mas, na melhor das hipóteses, a conexão com as usinas apenas se dará em julho do ano que vem. Consequentemente, as obras do sistema de transmissão dos parques licitados em 2010 também ficarão comprometidas. No mercado, algumas empresas foram informadas de que os cronogramas de empreendimentos marcados para setembro de 2013 foram estendidos para janeiro de 2015. Rufino afirmou que a Aneel tem discutido constantemente com a estatal para tentar resolver o problema e diminuir os impactos para o consumidor. Segundo ele, não está descartada a possibilidade de fazer uma instalação provisória enquanto a definitiva não é concluída. Apesar de não poderem produzir energia, as geradoras terão direito de receber a receita fixa prevista nos contratos de concessão. Pelos cálculos da Aneel, as 32 usinas têm receitas de R$ 370 milhões a receber. As informações são do jornal O Estado de São Paulo. Energia eólica à espera de linhas no Sertão baiano Portal Porto Gente – 29/09/2012 O cenário daquela manhã de 9 de julho era perfeito para a inauguração do maior complexo eólico da América Latina, na região de Caetité, no sudoeste da Bahia. O céu estava límpido, o sol a pino e ventava como nunca. Em tendas brancas, construídas no pé dos cataventos gigantes, cerca de 400 personalidades do meio político, técnicos do setor elétrico e moradores da região se acomodavam para testemunhar a nova realidade da caatinga. Mas a festa não foi completa. Nenhum aerogerador pode ser acionado. Desde então, eles estão lá, fincados na terra seca e vermelha do sertão sem poder gerar um único megawatt. Viraram enfeites. 01 de outubro de 2012 – Segunda-Feira – N# 934
O vento continua a soprar forte. Só esqueceram de construir o sistema de transmissão para escoar a energia gerada. Neste complexo, 184 aerogeradores, divididos em 14 parques eólicos, estão parados há dois meses por falta de conexão. E devem continuar assim, pelo menos até julho do ano que vem. No lugar onde deveria existir uma subestação para conectar a usina ao sistema nacional, há apenas mato e cupinzeiros. Pior: não há nenhuma indicação de que as obras serão iniciadas em breve. Enquanto isso, quase 300 megawatts (MW) - suficientes para abastecer uma cidade do tamanho de Brasília - estão sendo desperdiçados por falta de planejamento. Construído pela Renova Energia, empresa com participação da Light e da Cemig, o complexo Alto Sertão 1 custou R$ 1,2 bilhão e demorou 17 meses para ser concluído. Embora a Renova tenha cumprido o prazo para entrega do complexo eólico, a estatal Chesf, do Grupo Eletrobrás, não honrou o compromisso para a construção do sistema de transmissão. Procurada, a empresa não respondeu ao pedido de entrevista. Mas, nos bastidores, executivos afirmam que ela costuma jogar a culpa do atraso na demora - de seis meses - do governo para realizar o leilão de transmissão. Também reclama do licenciamento ambiental, apesar de ter entrado com o pedido poucos meses antes de os parques serem entregues. O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, diz que não é possível aceitar essa explicação. "Não é um atraso de um dia. São meses. Quando o leilão foi realizado, o edital mostrava todas as condições. Se a empresa considerava o prazo curto, não deveria ter dado o lance." Rufino diz ainda que o processo de licenciamento ambiental é uma obrigação, uma responsabilidade do empreendedor. Sem a obra, os parques mais parecem esqueletos no meio do sertão. Cada aerogerador pesa 243,7 toneladas. A torre, que suporta o gerador e as três pás, mede 80 metros de altura e é sustentada por uma base de concreto de quase 3 metros de profundidade. O coordenador de Implantação em Campo da Renova, em Caetité, Roberto Lopes, conta que o mais complicado na construção foi a logística. Todos os equipamentos usados na montagem dos 14 parques eólicos foram fabricados fora da região. As pás, por exemplo, saíam do interior de São Paulo de caminhão até o Porto de Santos, onde eram embarcadas em navios. Chegando em Ilhéus, mais uma vez a carga era transferida para caminhões até chegar à região. Outra dificuldade foi abrir caminho até os locais onde seriam instalados os aerogeradores. Apesar de o equipamento girar 360 graus para captar todo o potencial do vento, independentemente da direção que vier, o local para instalação de cada torre é milimetricamente calculado. No caso da Renova, elas foram montadas no topo de morros, que ficam a mais de 860 metros acima do nível do mar. Para chegar até lá, tiveram de abrir 68 quilômetros de estradas. Muitos dos acessos serão aproveitados nos próximos parques da empresa no sertão baiano. No total, são mais 230 aerogeradores, e 100 deles começam a ser construídos dentro de dois meses. A esperança é que, dessa vez, as unidades entrem em operação ao mesmo tempo que as subestações. Assim, a empresa poderá fazer a festa completa no dia da inauguração. Europa alcança a marca de 100 GW de energia eólica Jornal da Energia – 28/09/2012 Metade da capacidade foi instalada nos últimos 6 anos. A União Europeia alcançou a marca de 100GW de capacidade eólica instalada, de acordo com a Associação Europeia de Energia Eólica (EWEA). A geração é suficiente para atender 57 milhões de residências por ano, e que equivalem à geração de energia de 39 usinas nucleares, ou 62 termelétricas a carvão, ou 52 usinas a gás. Segundo a associação, levou 20 anos para que o setor de energia eólica atingisse 10 GW conectados ao sistema, mas apenas 13 anos para somar o adicional de 90 GW. Metade da capacidade total energia eólica da Europa foi instalada nos últimos 6 anos, de acordo com a EWEA. “Seria necessário queimar 72 milhões de toneladas de carvão em termelétricas para atingir a marca anual de geração de energia eólica europeia. E para transportar esse montante de carvão em trens, seria necessário usar 750 mil vagões, com um comprimento total de 11,5 mil km”, declarou o CEO da EWEA, Christian Kjaer.
Segundo a associação, contribuíram para a marca as instalações: parque eólico offshore Anholt, de 400 MW na costa da Dinamarca; o parque eólico Linowo, 48 MW, na Polônia; parque eólico Ausumgaard, de 12 MW, na Dinamarca, e o parque eólico Akoumia, 7,2 MW, na ilha de Creta. Obama bloqueia investimento chinês em energia eólica nos Estados Unidos BBC Brasil – 28/09/2012 O presidente dos EUA, Barack Obama, vai impedir uma empresa chinesa de construir turbinas eólicas no estado americano do Oregon, alegando preocupações de segurança, informou seu governo nesta sexta-feira. Trata-se do primeiro investimento estrangeiro bloqueado no país nos últimos 22 anos e ocorre em meio a disputas comerciais entre EUA e China. A Ralls Corp, empresa privada chinesa, havia adquirido quatro fazendas eólicas perto de uma base militar americana, o que, segundo o governo dos EUA, poderia comprometer sua segurança. Fuhrländer negocia associação com fabricante de torres brasileira para ficar no país Carolina Medeiros – Agência CanalEnergia – 28/09/2012 Empresa, em processo de concordata, tem contrato de fornecimento de equipamentos para Furnas A Fuhrlander está em negociação com uma fabricante de torres brasileira para viabilizar a construção de sua fábrica no país, de acordo com o presidente de Furnas, Flávio Decat. Segundo ele, que não quis revelar qual seria a fabricante de torres, a negociação deverá durar mais uns 15 dias, quando se terá uma resposta final. A Fuhrlander comunicou ao mercado na semana passada que pediu concordata na Alemanha, mas Decat afirmou que a corte alemã já devolveu a direção da empresa aos executivos da companhia. Ele contou ainda que a Fuhrlander está se associando com esse grupo brasileiro e que farão a transferência de tecnologia para a fabricante de torres em troca de aporte financeiro para a construção da fábrica em Pecém, no Ceará, que é o contrato que está sendo ajustado. O diferencial da Fuhrlander é fabricar aerogeradores com torres entreliçadas de 140 metros de altura, ou seja, mais altas do que a dos fabricantes concorrentes, que são de 100 metros de altura. "Fizemos uma reunião nessa semana com o presidente da Fuhrlander para tentar ajustar isso. Tenho a impressão que mais uns 15 dias e eles terão uma resposta", contou. Furnas tem interesse na instalação da fabricante alemã no país, porque tem com ela um pré-contrato de fornecimento de aerogeradores para 14 parques eólicos, que somam 315 MW. Apesar da estatal estar negociando o fornecimento para esses parques com outras fabricantes de aerogerador, a preferência é fechar com a Fuhrlander, devido a sua tecnologia com torres mais altas, o que propicia um desempenho até 20% superior. "O que estamos buscando com a Fuhrlander é um plus, acima inclusive do que nós bidamos nos leilões. Seria uma receita adicional para Furnas", comentou. Decat explicou que os parques foram dimensionados com torres de 100 metros, por isso não haveria dificuldades em achar outro fabricante, mas que as torres da Fuhrlander poderiam produzir uma energia adicional e, portanto, uma receita maior. A estatal tem 2000 MW de projetos eólicos prontos para serem leiloados e, se o negócio com a fabricante alemã for adiante, ela terá preferência nos futuros parques da companhia. "Se nós conseguirmos fazer o negócio com a Fuhrlander, viabilizar a fabrica deles aqui no Brasil e fizermos um contrato que nos dê garantia suficiente do desempenho deles, nós seremos o cliente preferencial e teremos praticamente o domínio dessa tecnologia aqui no Brasil", declarou o executivo, que participou do evento Opções energéicas eficientes, disponiveis e aceitáveis realizado nesta sexta-feira, 28 de setembro, no Rio de Janeiro.
Eólicas no Ceará são enquadradas no Reidi Agência CanalEnergia – 28/09/2012 Usinas localizam-se nos municípios de Cruz e Trairi O Ministério de Minas e Energia aprovou o enquadramento no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infra-Estrutura da eólica Caiçara I, com 30,6 MW de potência instalada, localizada no município de Cruz (CE). No município de Trairi, também no estado do Ceará, o ministério aprovou o enquadramento no Reidi da eólica Cataventos Embuaca, com 12 MW de potência instalada.
energia eólica Clipping Renova Energia tem parques eólicos registrados com atraso e perde receita Milton Leal – Agência CanalEnergia – 02/10/2012 Aneel colocou datas de início de operação diferentes para os empreendimentos. A empresa implanta 284,8 MW de usinas na Bahia A Superintendência de Fiscalização da Geração da Agência Nacional de Energia Elétrica publicou nesta terça-feira, 2 de outubro, no Diário Oficial da União os despachos comerciais das usinas eólicas que pertencem à Renova Energia e que foram construídas no Estado da Bahia. Ao todo, foram liberados para operação comercial 284,8 MW. Contudo, estes parques somente poderão operar quando a Chesf entregar as instalações de transmissão associadas aos empreendimentos, que estão atrasadas e devem ficar prontas somente no próximo ano. O parque localizado no município de Caetité, com 91,2 MW, foi o único que obteve o despacho comercial com a data prevista no contrato de concessão, ou seja, 1º de julho. Das usinas localizadas em Guanambi, 75,2 MW receberam despacho com data de 27 de julho e outros 52,8 MW com data de 29 de agosto, configurando atrasos que não serão remunerados pelo consumidor. Em Igaporã, outros 65,6 MW foram liberados para operar com data de 27 de julho. Estas usinas foram leiloadas no primeiro certame específico da fonte eólica, realizado em dezembro de 2009, que contratou 1,8 mil MW. Nesta segunda-feira, 1º de outubro, a Aneel liberou 188 MW de usinas eólicas do mesmo leilão pertencentes à CPFL Renováveis. Segundo a agência, até o final desta semana, deverão receber os despachos comerciais as usinas eólicas da Dobrevê Energia, construídas no Rio Grande do Norte. Hubner reafirma determinação em cobrar da Chesf custo do atraso em ICGs Sueli Montenegro – Agência CanalEnergia – 02/10/2012 Diretor-geral da Aneel estima em R$ 300 milhões valor pago a eólicas referentes à receita fixa O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica, Nelson Hubner, estimou em torno de R$ 300 milhões o valor a ser pago por todos os consumidores como receita fixa às usinas eólicas do Nordeste que não entraram em operação em consequência do atraso nas conclusão de instalações de transmissão da Chesf. Os valores começarão a ser pagos agora e serão retroativos a julho deste ano para as usinas que já estavam prontas naquela data. O pagamento da receita fixa está prevista no edital do leilão de energia e terá de ser feito mesmo que o empreendimento não possa operar comercialmente. Em razão disso, a Aneel decidiu cobrar judicialmente daChesf - responsavel pela implantação de instalações de transmissão de uso compartilhado - o ressarcimento dos valores pagos pelos consumidores. Hubner explicou que um grupo grande de usinas eólicas que participou de leilões de energia também atrasou. A lista das que negociaram contratos no leilão de reserva de 2009 inclui 32 empreendimentos eólicos nos estados do Ceará, Bahia e Rio Grande do Norte. O diretor explicou que quando foi verificado atraso no processo de licenciamento ambiental das instalações de transmissão a Aneel convocou os geradores para identificar que usinas poderiam se conectar diretamente à rede de distribuição. Restaram então aquelas para as quais não era possível essa alternativa.
DNV Kema fecha acordo com SoWiTec para suporte em parques eólicos Agência CanalEnergia – 02/10/2012 Parceria engloba auxílio no desenvolvimento de parques na América Latina e Rússia A DNV Kema fechou nesta terça-feira, 2 de outubro, acordo preliminar com a SoWitec para fornecimento de suporte ao desenvolvimento de projetos, serviços técnicos, expertise e assistência a cerca de 20 a 50 projetos eólicos no Brasil, Argentina, Chile, México, Peru, Uruguai e Rússia. Os serviços que a DNV Kema vai oferecer vão auxiliar no apoio ao desenvolvimento do projeto e incluem serviços como a verificação e a medição do vento e a verificação de rendimento de vento e energia, além da due diligence técnica. De acordo com o gerente de projetos e chefe da linha de serviço da DNV Kema Energy & Sustainability, Jens Goesswein, faz parte da parceria analisar as bases do projeto das torres, das turbinas, do sistema elétrico de distribuição, subestação, linhas de transmissão adicionais e interconexão. A empresa também vai fazer análises de modo a determinar se o projeto foi executado de acordo com os códigos e normas aplicáveis e práticas aceitas na indústria. Ainda de acordo com Goesswein, a equipe da empresa da Alemanha vai atuar junto a SoWiTec para fornecer o suporte necessário através dos ciclos de desenvolvimento, construção e operação de todo o projeto, se utilizando da experiência em projetos de energias renováveis na América Latina. Eólica Caiçara II é enquadrada no Reidi Agência CanalEnergia – 02/10/2012 Ministério aprovou ainda enquadamento dos projetos de transmissão da Copel com duas LTs O Ministério de Minas e Energia aprovou o enquadramento da eólica Caiçara II no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infra-Estrutura. A eólica, localizada no município de Cruz, estado do Ceará, opera com 19,8 MW de potência instalada. O ministério aprovou ainda o enquadramento no Reidi dos projetos de transmissão de energia elétrica de titularidade da Copel. Os projetos, a serem implantados no estado do Paraná, incluem a linha de transmissão Londrina - Figueira, em 230 kV, com aproximadamente 88 km de extensão e a linha de transmissão Foz do Chopim - Salto Osório, em 230 kV, com aproximadamente 10 km de extensão. EOL Barra dos Coqueiros iniciam operação comercial de 11 aerogeradores Agência CanalEnergia – 02/10/2012 Aneel prorrogou operação comercial de 16 térmicas até o fim do mês de outubro A Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou o início da operação comercial das unidades geradoras 1 a 8, 10, 15 e 17, de 1,5 MW cada, da eólica Barra dos Coqueiros, localizada no município de Barra dos Coqueiros (SE). A agência resolveu ainda prorrogar, até o dia 31 de outubro, o prazo para operação comercial das térmicas Pau Ferro I, UG1 a 228, de 450 kW cada, e Termomanaus, UG 1 a 347, de 450 kW cada, ambas em Pernambuco; Termonordeste, UG1 a 19, de 8,73 MW cada, Termoparaíba, GG1, de de 52,578 MW, GG2, de 61,341 MW e GG3, de 56.933 MW, e Campina Grande, UG1 a 20, de 8,45 MW cada, todas no estado da Paraíba; Maracanaú I, UG1 a 8, de 21 MW cada, no Ceará; Potiguar, UG 1 a 64, de 830 kW cada, Potiguar III, UG1 a 80, de 830 kW cada, ambas no Rio Grande do Norte; Global II, GG5a GG7, de 39,68 MW cada e GG8 de 29,76 MW, Global I, GG1, GG3 e GG4, de 39,68 MW cada, e GG2, de 29,76 MW, Camaçari Pólo de Apoio I, UG1 a 60, de 2,5 MW cada e Camaçari Muricy I, UG1 a 8, de 18,96 MW cada, todas na Bahia; Goiânia II, UG1 a 88, de 1,59 MW cada, localizada no estado de Goiás; Geramar II, UG1 a 19, de 8,73 MW cada, Geramar I, UG1 a 19, de 8,73 MW cada, ambas no estado do Maranhão e Viana, UG1 a 8, de 8,73 MW cada, localizada no estado do Espírito Santo. Seminário debate energia eólica no Brasil e no mundo Agência CanalEnergia – 02/10/2012 Evento analisa a produção de biodiesel no Brasil em novembro Acontece, no dia 6 de novembro, em São Paulo, a quarta edição do Painel Energia Eólica, um seminário técnico que visa divulgar as mais recentes tecnologias desenvolvidas em vários países para o segmento de energia eólica (composites, poliuretano e plásticos de engenharia). O Painel Energia Eólica 2012 será realizado paralelamente à Feiplar Composites & Feipur 2012 – Feira e Congresso Internacionais de Composites, Poliuretano e Plásticos de Engenharia. O evento é gratuito, e dirigido exclusivamente para profissionais de projetos e manutenção de pás eólicas, engenheiros de usinas eólicas, especialistas do setor, universidades e entidades de pesquisa, além de representantes do Governo. Entre os dias 5 e 9 de novembro acontece, no Centro de Convenções da Unesp/FCAV - Jaboticabal, em São Paulo, a V Semana de Tecnologia do Curso de Biocombustível, evento que conta com palestras e mini cursos sobre a produção de biodiesel no Brasil, bioeletricidade, leilão de combustíveis, utilização da vinhaça para a produção de biogás, entre outros. Vestas segue com reestruturação e reduz capacidade na Espanha Fabíola Binas – Jornal da Energia – 02/10/2012 No país, a empresa fechou uma fábrica, além de cortar custos em outra. Especializada na fabricação de turbinas eólicas, a Vestas continua o processo de reestruturação global, com o objetivo de ajustar os negócios à perda de demanda. Desta vez, a empresa anuncia o fechamento da planta produtora de controles, sediada em Ólvega e a diminuição da capacidade de produção na fábrica de pás localizada em Damiel, ambas na Espanha. “Decidimos encerar a produção na fábrica de Ólvega e, sinceramente, lamentamos o impacto para os funcionários”, disse o vice-presidente sênior de Controles e geradores para a Vestas Wind Systems, Ole Thomsen ao contar que foram avaliadas diferentes alternativas antes da decisão. Já o vice-presidente da fábrica de pás de Daimiel, Dieter Überegger comentou que “Infelizmente é preciso adaptar a força de trabalho ao novo contexto”. Por lá, a decisão afetará 30% dos 500 funcionários. De acordo com o comunicado da Vestas “a incerteza regulatória e da situação econômica nos últimos anos têm afetado o desenvolvimento da energia eólica na Espanha”, ao citar que Spanish Wind Association (AEE) admitiu que este ano a indústria eólica praticamente não recebeu encomendas no mercado doméstico, contribuindo para que pedidos não chegassem a marca dos 100MW do ano passado, menos da metade dos 220 MW de 2010 e muito distante dos 1.500 MW dos anos anteriores. Na manhã desta terça, a Vestas informou representantes legais do trabalhadores sobre as decisões, bem como os funcionários das duas unidades, com o objetivo de chegar a um acordo. A companhia garantiu ainda que vai cumprir os compromissos junto aos clientes que mantém na Espanha, para que não sejam afetados pelas mudanças. Ajustes Em janeiro de 2012, a Vestas anunciou um plano de reestrutração global que afetaria 2.335 funcionários em todo o mundo, sendo que seis meses depois intensificou as mudanças, o que resultou em uma redução de 1.400 funcionários. A meta, que no início do ano era de reduzir 150 milhões de euros em custos, passou para um corte de 250 milhões de euros. A decisão foi tomada baseada na necessidade da Vestas em se ajustar a uma capacidade de produção no nível de 5 GW esperados para 2013, comparados aos 6,3 GW projetados para 2012, ao mesmo tempo reduzindo os custos, para garantir a rentabilidade da empresa nos próximos anos. A ideia é driblar “a realidade do negócios em muitos mercados afetados pela crise financeira, a incerteza regulatória e espera de taxas de crescimento mais baixas”, colocou a empresa. Sem ICGs, 294,4 MW eólicos da Renova Energia são considerados aptos a operar, mas com datas distintas Wagner Freire – Jornal da Energia – 02/10/2012 Medida permite que empresa receba por usinas que não estão gerando energia para o sistema; no entanto, revisão de cronograma poderá incidir em perda de receita de alguns empreendimentos.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por meio da sua Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração, considerou que 294,4 MW eólicos da Renova Energia estão aptos a entrarem em operação, reconhecendo que quatro usinas estariam prontas para operar desde a partir de 1º de julho deste ano, oito desde 27 de julho e duas a partir de 29 de agosto. Com isso, a Renova passa a ter o direito de receber as remunerações previstas para essas usinas a partir das respectivas datas, inclusive retroativamente. No entanto, ao não considerar todas como 1º de julho, a companhia poderá ter uma perda de receita. Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliárias (CVM), o diretor de Relações com Investidores da Renova, Pedro Villas Boas Pileggi, disse estar em contato com a Aneel para "obter esclarecimentos" a respeito dos critérios utilizados na determinação das datas de reconhecimento da operação dos parques eólicos. "A Renova entende que todas as usinas estavam aptos a operar na data prevista contratualmente, qual seja, 1º de julho de 2012", questionou o diretor.
Essas plantas venderam energia no leilão de 2009, mas não podem despachar energia para o sistema elétrico pela ausência da linha de transmissão Igaporã (ICG), de responsabilidade de Chesf, que só ficará pronta em 2013. Outras autorizações Da mesma forma, a Aneel autorizou nesta segunda-feira (1/10) que sete parques eólicos da CPFL Renováveis fossem considerados aptos a operar. Essas usinas somam 188 MW no Rio Grande do Norte e aguardam a conclusão da IGC João Câmara. Até o final da semana, usinas da Dobrevê Energia, que estão na mesma situação, também receberão o aval da agência reguladora. A companhia aguarda a receita de 144 MW, oriundos de parques implantados também no Rio Grande do Norte. Ecom realiza leilão de compra de energia elétrica Jornal da Energia – 02/10/2012
A comercializadora Ecom Energia promove leilão eletrônico de compra de energia elétrica no próximo dia 5 de outubro. O certame está programado para iniciar às 11h e será realizado por meio de plataforma digital www.leilaodigital.net/ecom. Serão leiloados quatro produtos, sendo dois de fonte incentivada, com 50% de desconto na TUSD, e os outros dois de fonte convencional, com ponto de entrega no submercado Sudeste/Centro-Oeste. Todos os produtos correspondem ao período de suprimento de 01 a 30 de setembro de 2012. Os proponentes vendedores interessados em participar do leilão devem ser agentes da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O prazo para enviar o termo de adesão termina às 17 horas do dia 4 de outubro, pelo e-mail leilao@ecomenergia.com.br. A Ecom avisa que "não serão aceitos termos de adesão enviados via fax ou posteriores ao prazo estipulado". Outras informações no site www.ecomenergia.com.br ou pelos telefones:(11) 2185-9500 e 2185-9513. Gamesa fornece mais 30 MW na Itália Jornal da Energia – 02/10/2012 Trata-se do primeiro pedido que a companhia espanhola fecha junto à Toshiba Europe A espanhola Gamesa comunicou ao mercado nesta terça-feira (2/10), a realização de mais uma encomenda, desta vez, para o fornecimento de 30 MW para um projeto italiano. Os equipamentos são destinados a um parque que a Eolica Erchie desenvolve na província de Brindisi, região da Apúlia. Trata-se do primeiro acordo que a companhia espanhola fecha junto à Toshiba Europe, com o objetivo de instalar 15 aerogeradores de 2 MW cada. De acordo com a empresa, a instalação dos equipamentos deverá ser concluída ainda em 2012. No total, o parque da Erchie deve chegar a uma produção anual de 69 GWh.
Na Itália, a Gamesa soma uma carteira de 1.506 MW entregues desde o ano de 2002, quando começou a atuar no país. Naquele mercado, empresa também trabalha em outro modelo de negócio: desenvolvimento, construção e venda de parques eólicos. Gerdau desenvolve aço para geração de energia eólica Portal Fator Brasil – 02/10/2012 A Gerdau, uma das principais fornecedoras de aços longos especiais para a indústria automobilística no mundo, deu mais um passo na diversificação dos mercados atendidos ao desenvolver um novo produto para o setor de geração de energia eólica. Novidade no mercado nacional, o aço 42CrMo4 modificado foi criado especialmente para a produção de fixadores para torres de aero geradores. O novo aço desenvolvido traz competitividade à cadeia, pois atende ao elevado grau de exigência de propriedades mecânicas a um menor custo, fazendo frente às demais opções de produtos encontrados no mercado mundial. Desse modo, será possível substituir os componentes, até então importados, por fixadores produzidos no Brasil com matéria-prima nacional, contribuindo para a elevação do conteúdo local nos parques eólicos em construção. A Gerdau, por meio de seu centro de Pesquisa e Desenvolvimento localizado na Espanha, está participando neste ano de um total de 73 projetos na Europa. Desse número, mais da metade trata-se de projetos exclusivos da Empresa. As iniciativas visam melhorar a qualidade do aço, reduzir custos no processo de fabricação e otimizar as características dos produtos. O centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Gerdau na Espanha conta com a atuação de 76 profissionais que trabalham continuamente no desenvolvimento de aços especiais destinados a setores como automotivo, energético, naval e da construção civil. Para dar andamento a esses projetos, a Empresa mantém atualmente alianças com 30 empresas da indústria do aço e com 24 centros de pesquisa e universidade europeias, dentre as quais o Centro Sviluppo Materiali, da Itália, Swedish Institute for Metals Research, da Suécia, Universidade de Frunhofer, na Alemanha, e Universidade de Tecnologia de Helsinky, da Finlândia. EOX entra com pedido de registro de companhia aberta na CVM Valor Online – 02/10/2012 Companhia pré-operacional está em processo de capitalização. EOX Energia Eólica pertence ao empresário Alexandre Souza de Azambuja. A EOX Energia Eólica entrou com pedido de registro inicial de companhia aberta na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A empresa afirma em seu site ser "uma companhia pré-operacional em processo de capitalização" para financiar o início das suas atividades. A EOX pertence ao empresário Alexandre Souza de Azambuja, que controla a holding Templars Trust e tem várias companhias, de diversos ramos de atividade, com pedido de registro na CVM. O objetivo de Azambuja é listar empresas no Bovespa Mais, sem a realização de ofertas públicas de ações. Todas as companhias se encontram em fase pré-operacional e têm sede em Curitiba. A ideia é fazer captações privadas e usar a bolsa como uma vitrine para atrair investidores. Depois de os projetos mais bem definidos, Azambuja planeja vender ações de suas empresas em pequenas ofertas na bolsa. LM Wind Power announces expansion in Brazil Press Release – 02/10/2012 LM Wind Power, the world’s leading independent manufacturer of blades for wind turbines, today confirmed its plans to expand the company’s position in the Americas through the construction of a new blade manufacturing facility in Brazil. The factory will be established in conjunction with LM Wind Power’s joint venture partner Eólice and will deliver blades to wind farms in Brazil and throughout South America. The location for LM Wind Power’s first factory in Brazil will be in the port of Suape, near Recife in the State of Pernambuco, which has been developed for the manufacture of wind energy equipment and components, covering the entire value chain of the wind industry. Adjacent to a world class port with a strong local workforce, the new blade manufacturing facility will be ideally located to serve major wind farms in the North East of Brazil and beyond. The factory will be based on LM Wind Power's proven modular factory concept recently used for construction of its factories in the USA, Poland, and China, and employing up to 300 people, plus more in the local supply chain. It is expected that blade production will commence in September 2013, and agreements with customers have already been finalized. In addition to the agreements already signed, LM Wind Power is currently in advanced negotiations with a number of wind turbine manufacturers who have expressed a need for larger blades between 40 and 70 meters in length for future wind power auctions. Leo Schot, CEO of LM Wind Power, commented: “A number of strategic customers have asked LM Wind Power, as the global market leader, to support their efforts in developing the market for wind energy in Brazil and throughout Latin America. We are pleased to make this announcement which confirms our commitment to our customers, so that they can use our technology and innovation to harness wind energy profitably and with maximum operational reliability. We are also very happy to be working with a professional and engaged partner in Eólice, which will handle the infrastructure side of the venture.” The wind industry development in the northeast of Brazil is predicted to contribute to the generation of 1,500 direct jobs with an overall investment of 100 million reais. LM Wind Power will join companies such as the Argentine turbine manufacturer IMPSA, tower manufacturer RM Wind and Iraeta, a company that produces flanges which also has a factory under construction in the Pernambuco complex. For more information, please contact: VP Global Communication, Christopher Springham, +31 6 14814919, chsp@lmwindpower.com or Manager, Global Communication, Ann-Katrine Fredenslund, +45 5138 8369, akf@lmwindpower.com About LM Wind Power LM Wind Power Group has been in the wind power business for more than 30 years and is the world’s largest component supplier to the wind industry comprising a blades, brakes and service business, operating from or close to the major wind energy markets. Its global manufacturing footprint has factories located on three continents in 14 locations in Canada, USA, Spain, Poland, Denmark, India and China – on or close to all key markets for wind power to better serve our customers. LM Wind Power has produced more than 150,800 blades corresponding to approximately 54 GW of installed wind power capacity which each year helps save the world 93 million tons of CO2. About Eólice EÓLICE is a company created for manufacturing wind turbine blades by a group of Brazilian entrepreneurs, some of whom were formerly with aerospace company, Embraer. They combine renowned experience in the composite materials industry with backing from investors and partners.