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GENTE QUE FEZ A HISTÓRIA
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madre tereza




 

Mahatma Gandhi

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

ACESSE O LINK: https://pt.wikipedia.org/wiki/Mahatma_Gandhi

ASSISTA ALGUNS VÍDEOS NO : https://www.youtube.com/watch?v=X_fEyr9AYAE

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Abraham Lincoln

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

ACESSE O LINK: https://pt.wikipedia.org/wiki/Abraham_Lincoln

 

ASSISTA ALGUNS VÍDEOS NO : https://www.youtube.com/watch?v=yGVvFxFu4zE

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Albert Einstein

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

ACESSE O LINK: https://pt.wikipedia.org/wiki/Albert_Einstein

ASSISTA ALGUNS VÍDEOS NO : https://youtu.be/OZVK_bXD_60

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JOSÉ VAZ SAMPAIO ESPINHEIRA

 Espinheira, primogênito do casal Pompílio e Alice, nasceu no dia 10 de setembro de 1914, na cidade de São Miguel das Matas-Ba. Viveu a infância e pré-adolescência na cidade de Ilhéus. Aos três anos de idade, junto com os pais, foi morar naquela cidade, pois buscavam expansão dos negócios da família, e ali deu os primeiros passos na formação escolar, tendo concluído o primário e o ginásio.

Itapetinga

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Itapetinga é um município brasileiro no interior da Bahia. Pertence a Mesorregião do Centro-Sul Baiano e a Microrregião de Itapetinga, a distância do município para a capital do estado é de 562 km e 580 km de carro. A sua população em 2010, segundo censo populacional do IBGE, era de 68.314 habitantes, sendo assim a 24ª cidade mais populosa da Bahia.

O PIB de Itapetinga é de R$ 555 753,694 mil e o PIB per capita é de R$ 8 432,78. O município ocupa uma área de 1.627,462 km² e a sua densidade é de 41,95 hab./km². O município é um dos mais urbanizados da Bahia, 97% da população mora na área urbana e apenas 3% na área rural. A economia itapetinguense é movimentada pela pecuária, frigoríficos, indústria de calçados e os serviços, que tem 56,36% de participação na economia.

O município tem como marca a pecuária, produz 1 600 litros de leite de vaca e possui 95933 cabeças de bovinos segundo o Censo Agropecuário 2006 do IBGE. A cidade também é famosa pelo São João, que atrae milhares de pessoas que podem aproveitar a festa pública no Parque Poliesportivo da Lagoa ou nas festas privadas como a "Vaca Louca" e o "Forró Bakana".
 
Parque Poliesportivo da Lagoa em época de festejos juninos.
Parque Poliesportivo da Lagoa em época de festejos juninos.
 
Bandeira de Itapetinga

Bandeira

História

A região onde hoje se situa a cidade de Itapetinga começou a ser conhecida a partir de 1912 quando Bernardino Francisco de Souza e alguns parentes e trabalhadores, tentando encontrar a estrada pedestre entre Vitória da Conquista e Ilhéus, fixaram-se às margens do rio Catolé dedicando-se a atividades agrícolas.

Em 1916 chegou à região Augusto Andrade de Carvalho e adquiriu uma propriedade rural, visando dedicar-se à agrigultura e à pecuária. Augusto Andrade de Carvalho demarcou em suas terras uma área de 10 hectares para nela ser erguida uma vila, um pequeno povoado. Nasceu então, no ano de 1924, o povoado de Itatinga.

Em 1926 Mariano Soares de Oliveira Campos, oriundo do município de Itambé resolveu fixar residência na região. Ao chegar, conheceu Augusto Andrade de Carvalho, que lhe mostrou algumas pequenas casas, e disse que ali estava a vila de Itatinga. Com efeito, Itatinga foi o primeiro nome de Itapetinga, nome de origem tupi-guarani com o significado de "pedra branca" ("itá=pedra"; "tinga=branca").

Em 22 de junho de 1933, pelo Decreto Estadual de n° 8.499, o povoado de Itatinga passou a ser distrito do município de Vitória da Conquista.

Em 14 de novembro de 1934 sob a liderança de Dr.Orlando Bahia, Juvino Oliveira, Mariano Campos, Augusto Andrade de Carvalho, José de Sousa Paim e outros foi criada a Associação Cultural Itatinguense (Itapetinguense), posteriormente organizada sob a forma de fundação com o fim de divulgar o conhecimento e a cultura no seio do pequeno povoado.

Seguindo o seu progresso, Itatinga cresceu, e no dia 30 de março de 1938 teve a sua sede elevada à categoria de Vila, permanecendo integrada ao município de Vitória da Conquista. Porém, no mesmo ano, em 30 de novembro, a Vila de Itatinga foi desmembrada do município de Vitória da Conquista e é anexada ao de Itambé.

A mudança no nome de Itatinga ocorreu no ano de 1944, com o Decreto-Lei Estadual n° 12.978, no qual o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, determinou que nenhum município do estado poderia ter nome semelhante a outro. Como os municípios mais antigos tinham preferência em manter os seus nomes, foi adicionada a sílaba "pe" ao nome de Itatinga, formando então o novo nome da vila: Itapetinga.

O crescimento foi rápido, tanto sob o aspecto humano quanto econômico, e através da Lei Nº 508 de 12 de dezembro de 1952 foi criado o município de Itapetinga, sendo o seu território desmembrado do município de Itambé.

O prefeito José Vaz Sampaio Espinheira, em um de seus mandatos, firmou uma parceria sócio-cultural com a cidade estadunidense californiana de Dairy Valley, hoje com o nome de Cerritos. O prefeito de Dairy Valley na época visitou Itapetinga e participou da inauguração da famosa "praça dos bois", a praça Dairy Valley, além de prestigiar uma semana de eventos em Itapetinga firmando essa parceria. Da mesma forma, Espinheira, então prefeito, passou uma semana na cidade Dairy Valley, hoje Cerritos, onde, além da semana cultural, recebeu a homenagem de ter uma rua com seu nome, Espinheira ln, e outra com o nome Itapetinga ln. Existe ainda, muito próxima, a rua Brazil Street na cidade de Cerritos, Califórnia, Estados Unidos, facilmente vista no site Google Mapas.

Atualmente, Itapetinga é um importante centro econômico e social do sudoeste baiano. Conta com um razoável parque industrial, uma economia que tende a se diversificar para abandonar a pecuária como única atividade. No campo educacional Itapetinga se destaca com um dos mais promissores campi avançados da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

Localização de Itapetinga na Bahia
Itapetinga está localizado em: Brasil
Localização de Itapetinga no Brasil
15° 15' 12.48" S 40° 15' 19.78" O
Unidade federativa  Bahia
Mesorregião Centro-Sul Baiano IBGE/2008
Microrregião Itapetinga IBGE/2008[1]
Municípios limítrofes Itambé, Caatiba, Itororó, Pau Brasil, Itaju do Colônia, Potiraguá, Macarani e Itarantim.
Distância até a capital 562 km

Geografia

Geomorfologia

Unidades Geomórficas: Depressão de Itabuna-Itapetinga, Piemonte Oriental do Planalto de Vitória da Conquista, Serras e Maciços Pré-Litorâneos (CEPLAB-1980).

Hidrografia

O Município de Itapetinga é banhado por vários rios, entre eles estão: Catolé Grande, Catolezinho, Duas Barras, Colônia, Palmeirão, Rio Pardo, Rio da Onça e Rio da Negra.

Vegetação

Floresta Estacional Decidual e Floresta Estacional Semicidual (1981-1983, RADAMBRASIL).

Economia

Setor primário

A Agropecuária participa com um Valor Adicionado ao PIB Itapetinguense de R$ 11.200.000,00 cerca de 3,43% de toda a Produção do Município no período de um ano (2006).

Nas décadas de 1980 e 1990 o município possuía um dos maiores rebanhos bovinos do Nordeste brasileiro, e era chamada de "A Capital da Pecuária", devido ao grande número de criadores rurais, em grandes fazendas da região.

Atualmente, a pecuária bovina perdeu um pouco a sua força, mas ainda é uma das principais atividades econômicas do município. Segundo dados do Censo Agropecuário 2006 do IBGE, o município contou com uma produção de 160.000 litros de leite de vaca e possui 88.427 cabeças de bovinos, um dos maiores rebanhos do estado, além de 2.381 cabeças de ovinos e 5.851 aves.

Setor secundário

Itapetinga é um dos municípios mais industrializado do estado da Bahia. Quando é analisado a participação da Indústria na formação do PIB, cerca de 40,21%, o município cupa, segundo a última publicação do IBGE (2006), a 22º posição, em um universo de 417 municípios. Ficando muito acima da média estadual que é de 30,68%.

O Valor adicionado ao PIB pela Indústria, representa aproximadamente R$ 131,17 milhões, ocupando assim, a 24º posição no estado, em 2006. Ficando à frente de municípios como Jequié 25º (R$ 120,53 milhões), Mata de São João 26º (R$ 114,27 milhões), e Brumado 28º (R$ 102,33 milhões).

Foi a Indústria a responsável por 1.697 novos postos de trabalho formal no 1º semestre de 2009, 70,44% de todos os empregos criados neste período.

A economia também é movimentada por algumas indústrias que se instalaram na cidade, como a Calçados Azaléia (produtora de calçados), o Frigorífico do Grupo Bertin, revendendo a carne para outros mercados consumidores, a Indústria de Laticínios Palmeira dos Índios S.A. (ILPISA/Valedourado), entre outras indústrias de menor porte, que fomentam o comércio local, ajudando o desenvolvimento do município.

Setor terciário

Os serviços é o setor que tem a maior participação em Valor adicionado ao PIB, 183,87 milhões, 56,36%.

Gerou no 1º semestre 455 novos empregos formais.

Comércio

Capela do Menino Jesus (Igrejinha de Pedra).

Itapetinga possui um comércio bastante diversificado. Nos últimos anos, vem atraindo grandes redes de varejo do Brasil, como Insinuante, Ricardo Eletro, Lojas Maia.

Somente no Comércio foram 256 trabalhadores inseridos no mercado de trabalho, no 1º semestre de 2009.

Turismo

O município tem em suas comemorações de São João uma das melhores épocas para o turismo, onde milhares de pessoas chegam à cidade para curtir uma das melhores festas juninas do interior baiano, com diversas atrações, comidas típicas juninas e muita animação. Além da festa aberta ao público no Parque Poliesportivo da Lagoa, destacam-se também as festas privadas no Parque de Exposições como a "Vaca Louca" o "Forró Bakana".

Possui ainda locais como a Capela do Menino Jesus (Igrejinha de Pedra), o Parque Zoobotânico da Matinha (único zoológico do interior da Bahia) e o Parque Poliesportivo da Lagoa, que são excelentes opções de passeios turísticos e de lazer.

Esporte

A seleção da cidade de Itapetinga é Bi-Campeã do Campeonato Intemunicipal de futebol amador. Na epoca presidida por Jackson Ferreira.

Itapetinga também é sede do Sport Club Itapetinga, que foi o campeão da única edição do Campeonato Baiano de Futebol da Terceira Divisão. Após a conquista e o acesso a Segunda Divisão, a equipe pediu licença do futebol profissional e nunca mais retornou.

Infra-estrutura

Itapetinga é uma cidade bem estruturada, poucos bairros não possuem pavimentação e rede de água e esgoto. O SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) é uma empresa municipal que cuida da instalação e manutenção da rede de águas do município.

Nos serviços de comunicação, Itapetinga é servida de 5 canais abertos de televisão: Rede Globo, retransmitida pela TV Sudoeste pelo canal 11; Rede Record, retransmitida pela TV Itapoan pelo canal 2; Band, retransmitida pela Band Bahia pelo canal 13; SBT, retransmitida pela TV Aratu pelo canal 6; e a Rede Brasil/TV Cultura, retransmitida pela TVE Bahia transmitida pelo canal 8. A cidade tem ainda 2 estações de rádio AM e 2 estações FM. Operam 4 redes de telefonia móvel - Oi, Vivo, Claro e TIM - e a fixa Oi. Ainda possuem sites e blogs de notícias.

A cidade é muito convidativa para se viver, possuindo muitas praças e avenidas arborizadas, e até mesmo ja recebeu prêmios pela sua organização e limpeza. Dentre os destaques têm-se a praça Dairy Walley (Praça do Boi), a principal praça da cidade, e o Parque Poliesportivo da Lagoa; as duas são pontos de encontro da comunidade local principalmente nos fins de semana.

Divisão Administrativa

Itapetinga possui aproximadamente 30 bairros, sendos os principais: Centro, Primavera, Camacã, Clodoaldo Costa, Otávio Camões, Jardim Morumbi, Quitas do Morumbi, Quintas do Sul, Recanto da Colina, Vitória Régia, URBIS, ECOSANE, Conjunto Habitacional Osvaldo Brito (Agarradinho), Nova Itapetinga (o mais populoso), Vila Isabel, Vila Rosa, Vila Sônia, Vila Maria, Vila Susano, Vila Riachão, Clerolândia e São Francisco de Assis, entre outros.

Além disso, o município têm dois distritos: Palmares e Bandeira do Colônia.

Educação

Ensino superior

Administração pública

Anterior ao primeiro prefeito, Itapetinga teve um gestor em 1954, que foi o Sr. Júlio Ferreira Coêlho.

Prefeitos

NomeInícioTérminoObservações
1 Juvino Oliveira 1955 1959  
2 José Vaz Sampaio Espinheira 1959 1963 1ª gestão
3 José Mendonça Luna 1963 1967  
4 José Vaz Sampaio Espinheira 1967 1971 2ª gestão
5 Padre Altamirando Ribeiro dos Santos 1971 1973 governou apenas 2 anos
6 Evandro de Oliveira Andrade 1973 1977  
7 José Vaz Sampaio Espinheira 1977 1983 3ª gestão, governou por 6 anos
8 Michel José Hagge Filho 1983 1989 1ª gestão, governou por 6 anos
9 José Marcos de Sousa Gusmão 1989 1993  
10 Michel José Hagge Filho 1993 1997 2ª gestão
11 José Otávio Curvelo 1997 2005 foi reeleito em 2001
12 Michel José Hagge Filho 2005 2009 3ª gestão
13 José Carlos Cruz Cerqueira Moura 2009 atualidade

Segurança Pública

Existe em Itapetinga a 8ª Companhia Independente de Polícia Militar (8ª CIPM), a 21ª CORPIN (Coordenadoria de Polícia Civil do Interior) e a Guarda Municipal. Possuindo também a COMUTRAN (coordenadoria municipal de trânsito) que desenvolve o serviço de fiscalização e já utiliza de notificações para doutrinar o trânsito municipal. A 8ª CIPM é atualmente comandada pelo Tenente Coronel Valci Góis Serpa de Oliveira, sediada no antigo Colégio Pompílio Espinheira, onde funcionou o primeiro núcleo de Formação de Soldados da cidade, formando 75 policiais militares, a CIPM utiliza das modalidades de Policiamento Motorizado, Motopatulhamento e Policiamento Ostensivo a Pé, na defesa da comudidade Itapetinguense.

Forças Armadas

Itapetinga é a sede da unidade Tiro de Guerra 06-023), uma das 200 unidades do Tiro de Guerra, responsável pela formação de reservistas para o Exército Brasileiro. O Tiro de Guerra de Itapetinga foi criado através da Portaria Ministerial nº 2 237, de 24 de novembro de 1977, sendo instalado provisoriamente no Ginásio Agroindustrial. Passou a funcionar regularmente desde 1 de fevereiro de 1979 na sua sede atual que fica situada à avenida Cinquentenario, s/nº, no Bairro Primavera.

Desde que foi autorizada sua criado pela Lei Municipal nº 283, de 17 de maio de 1973, ele formou 2 350 reservista para o Exército Brasileiro e munícipes em condições de entender seus papéis junto a comunidade local, desenvolvendo nos mesmos senso de cidadania, civismo e patriotismo.

Personalidades

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Banho de Bica










Fernando de Almeida Silva
 
Eu ficava ansioso para chover e tomar banho de bica, na casa do José Evangelista de Souza o “Verdadeiro”, nosso vizinho da casa do outro lado da rua. O apelido devia-se à sua delicada maneira de falar e caminhar, seus trejeitos, sua fala, cujo comportamento, naquele tempo, era associado ao quadrúpede que corria rápido e dava saltos de longas distâncias, encontrado somente nos campos abertos, longe da cidade. Ele morava com os pais, o irmão e as irmãs e nossas famílias eram amigas.
 
Todos os dias eu olhava para o céu à procura de nuvens escuras e imaginava que ia chover. Parecia fixação por elas. Mas, não. Era, apenas, a procura de um sinal de chuva, para alimentar minha vontade de tomar banho de bica, na casa do “Verdadeiro”.
O vento formava redemoinhos que atravessavam a cidade e fazia muito estrago, como uma peste devastadora ou a fúria de um tangue de guerra no campo de batalha. Se houvesse roupas nos varais, elas eram levadas pelo vento para o espaço, todo enfeitado de poeira, roupas e objetos, até deixá-los cair, espalhados no pasto da fazenda do Dr. José Vaz Sampaio Espinheira, o “Dr. Zeca”, cuja divisa passava perto da nossa casa.
 
Naquele canto do mundo, sem televisão, e-mail, microondas, TV digital, fax e celular, se comparado ao mundo de hoje, a vida era simples e de poucas diversões: apenas cinema e circo e, este, quando passava pela cidade... E tomar banho no rio Catolé, jogar futebol na “rodajinha”, soltar pião, jogar bola de gude e riscar “triângulo” na terra molhada. Esses eram o nosso passatempo diário, depois dos estudos.
 
No inverno chovia muito e fazia lama nas ruas, algumas, calçadas com paralelepípedos a partir de 1952. A enxurrada escorria depressa, até alcançar o rio Catolé. Mas, antes, se misturava ao esgoto “in natura”, que também corria livremente para o rio. E, depois, seguiam juntos para o mar.
 
Como menino, gostava de tomar banho de bica. Era como se estivesse debaixo de uma cachoeira, daquelas parecidas com um “véu de noiva”. Depois, corria pelas ruas e fazia barragens de terra, como se as mãos de um menino pudessem dominar a água da chuva e a força da enxurrada e “construir” barragens, como os construtores de hidrelétricas, que tínhamos como referência os caminhões da Companhia Hidrelétrica do Rio São Francisco - CHESF, que passavam e pernoitavam na cidade.
 
As gotas de chuva caíam como flocos de cristais de sonhos, beijando o rosto triste do entardecer, quando a noite se aproxima. O vento soprava, a chuva caía e molhava meu rosto, encharcado de esperança, em minha saudosa cidade, Itapetinga.
 
Vivia no paraíso de todas as imaginações de menino que a vida torna possível, com a magia de ver a água escorrendo pela bica de zinco, na casa do “Verdadeiro”. E sabia que um dia aquele mundo de brincadeiras teria fim, que eu cresceria e partiria dali, para nunca mais voltar. Ou, que, talvez, voltaria um dia sem data e hora marcadas, no entremeio das estações, para ouvir o sussurro das recordações do menino de outrora, no crepúsculo de todas as saudades guardadas no coração. Sim, talvez, um dia, no futuro, voltaria para viver tudo outra vez, como no primeiro dia que tomei banho de bica.
 
Se houvesse uma ponte de sublimidade entre a saudade e a dor, aquela bica de zinco seria uma das muitas recordações, que amei e eternizei no coração, desde o primeiro momento que a vi.
 
Olhava o último pingo d’água cair da bica, do telhado, da copa das árvores, do céu escuro, sem nada poder fazer. Admirava a calmaria insinuante da vida e o lampejo do Sol, atravessando devagar as nuvens e iluminando novamente o dia. Depois, a terra molhada secava, a enxurrada sumia, escorrendo pelos cantos das ruas, como a implorar distância dos esgotos negros das casas, que corriam “in natura” para o rio, a caminho do mar.
 
Todos os dias eu esperava outra chuva cair, outros momentos, outros instantes inesquecíveis, para brincar debaixo da bica, na casa do “Verdadeiro”. Tudo se repetia como no ciclo das estações, como num transe imediato que a vida imprime na tela das horas que formam os dias e as noites, sobre as planícies serenas dos campos, o clarão prateado do luar e o cintilar romântico das estrelas.
 
Postava-me diante da casa do “Verdadeiro”, como a fragilidade diante do espelho, para ver seu rosto transfigurado, pela inclemência da luz. Então, brincava... Brincava... E brincava... E os que não brincavam, alimentavam a impaciência da curiosidade, olhando através da janela, admirados pela intensidade da chuva, o troar assustador dos trovões e o rastro sinistro dos relâmpagos, como se o céu fosse um campo de batalha, comandada por um general, sem medo de perder a guerra. E, então, diziam, com olhos dormidos de admiração e espanto: “O ‘cacau’ tá caindo...”.
 
Raios e trovões. Lama e terra molhada. Vento e chuva caindo. Ladeiras e enxurradas. O ritual era sempre o mesmo. E quando tudo começava, eu corria para a bica, como a criança ao encontro dos pais, ao descobrir o idílico primeiro sorriso deles.
 
Admirava a beleza do arco-íris e a transcendência de suas cores luminosas, que mortal algum jamais conseguiu tocar. E ficava encantado com a imaterialidade das cores curvadas, como se a Natureza comemorasse o “Casamento da Raposa”, que a crendice popular de então nos fazia acreditar. Mas, as cores que víamos, era a ilusão por trás do imaginário de um casamento feliz, na chuva, mas nunca sabíamos quem era o noivo da noiva, o príncipe da raposa, tendo o Sol como testemunha. 
 
O arco-íris é o resultado da incidência da reflexão da luz do Sol, sobre gotas de água no espaço, pela variação da temperatura. Quando o Sol ilumina as gotas de chuva, em seu lado oposto, produz o fenômeno, em que as cores brilhantes do espectro solar são vistas, com a cor violeta no bordo interno e a vermelha no externo, formando um arco de 42 graus e uma largura de dois, cujo tamanho depende do diâmetro das gotas de chuva. Quanto maior as gotas, tanto mais luminosos e largos são os arcos. Caso contrário, o arco se apresenta “esbranquiçado” e sem graça.
 
O fenômeno pode produzir um segundo arco de 50 graus de abertura por três de largura, envolvendo o primeiro, com cores menos brilhantes e dispostas em sentido inverso. É o fenômeno que a ciência explica como sendo a reflexão dos raios solares nas gotas de chuva, pela refração e reflexão. Na formação do primeiro arco-íris há, apenas, uma reflexão e, no segundo, duas reflexões, pela explicação do meteorologista sueco Jacob Aall Bonnevie Bjerknes (Estocolmo, 2 de novembro de 1897 – Los Angeles, 7 de julho de 1975).
 
Sendo a chuva um meteoro aquoso devido à condensação dos vapores d’água em suspensão na atmosfera, o tamanho de suas gotas depende do grau de saturação das chamadas camadas inferiores àquele em que se deu a condensação dos vapores.
 
E assim, de chuva em chuva, de aguaceiro em aguaceiro, de temporal em temporal, lá estava eu, alegre e sorridente, confiante e feliz, tomando banho de água fria da chuva, que escorria da bica velha de zinco, da casa do “Verdadeiro”.
 
“Verdadeiro” ainda vive. Encontrei-o em 2004, morando na mesma cidade, mas em outro bairro e outra casa. Estava casado e ainda gaguejava. A antiga casa com a velha bica de zinco não existia mais. Em seu lugar havia outra, mais moderna, com outras pessoas morando nela e sem a bica que furava a platibanda da casa, que encobria o telhado, e deixava a água cair perto da porta de entrada. Conversamos por muito tempo, a maior parte revivendo momentos passados da vida, de quando éramos meninos e corríamos pelas ruas de terra batida da cidade, sob a chuva, ou tomávamos banho debaixo da bica, em frente à sua casa. Fiz uma fotografia dele (que ilustra este texto), e prometi voltar para continuar nossa conversa. E voltei, nos primeiros dias de abril de 2011. Sentamos e retomamos a conversa que tínhamos deixado para trás, há 45 anos, do tempo em que brincávamos sob a chuva, e da última vez que estive lá, há seis anos.
 
E quando me despedi dele e parti, ficou aquele gosto amargo da separação de um amigo, como um travo acre na alma, regurgitando momentos da vida de menino que não voltam jamais. Mas, com a certeza de que, passados os anos que a própria vida somou, ter olhado de frente para a felicidade, quando tomava banho de bica na casa do “Verdadeiro” ou corria pelas ruas de terra batida da cidade, eternizando sonhos no coração, que o tempo da vida não apagou, é algo que não se pode esquecer ou deixar de amar.

ASSISTA ALGUNS VÍDEOS DE ITAPETINGA-BA:

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Ruy Barbosa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ruy Barbosa Academia Brasileira de Letras
Ruy Barbosa, o Águia de Haia, c. 1923
Nome completo Ruy Barbosa de Oliveira
Nascimento 5 de novembro de 1849
Salvador,
Morte 1º de março de 1923 (73 anos)
Petrópolis
Nacionalidade Brasileiro
Ocupação Jurista, político, diplomata, escritor, filólogo, tradutor e orador

ACESSE O LINK: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ruy_Barbosa

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Tancredo Neves

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